Quando estreou nos cinemas americanos no feriado de Páscoa, pouca gente acreditou nos resultados. Logo depois do campeão de bilheteria Capitão América – O Soldado Invernal, estava um filme pequenininho, que havia custado somente 12 milhões (muito pouco para os padrões dos filmes produzidos pelos grandes estúdios). Naquele fim de semana somente O Céu é de Verdade rendeu mais de 22 milhões (terminou com mais de 90 milhões só nos Estados Unidos), muito na frente de Johnny Depp (Transcendence), que estreou na mesma data. Ficou então a pergunta: o que O Céu é de Verdade, que estreia nos cinemas brasileiros este fim de semana, tem de tão especial?
Primeiro, a história. É baseada em fatos reais segundo a experiência vivida por Todd Burpo, aqui protagonizado por Greg Kinnear. Todd e sua mulher Sonja (Kelly Reilly) tem dois filhos. Um deles, o pequeno Colton (o fofíssimo e lindo Connor Corum) quase morre num hospital. Depois de se recuperar, o menino começa a falar candidamente sobre sua visita ao céu. E sobre fatos que aconteceram antes de seu nascimento e que ele não poderia saber. Logo tudo isso passa a afetar a vida da família e da comunidade onde moram.
O filme é muito bem feito e tem boas interpretações dos coadjuvantes como Margo Martindale e Thomas Haden Church. Se você vai embarcar totalmente ou não na história, creio que vai depender muito daquilo em que acredita, se é uma pessoa religiosa. Mas é possível admirar o trabalho sensível do diretor Randall Wallace, responsável por bons filmes como O Homem da Máscara de Ferro e o pouco visto Secretariat – Uma História Impossível, com Diane Lane. De qualquer maneira, o filme nunca perde uma certa doçura e inocência, especialmente nos momentos com o incrível garotinho Connor Corum. Impossível não adorar todos as cenas que ele menciona a música We will Rock You.
Eliane Munhoz