Godzilla II: Rei dos Monstros, que estreia nessa quinta nos cinemas, é uma continuação de Godzilla, de 2014. Para quem não se lembra, é aquele filme que transformou Godzilla em um monstro bonzinho, com Bryan Cranston e Aaron Taylor -Johnson. Ele terminava com a destruição de San Francisco. Esse agora, O Rei dos Monstros, começa mostrando o quanto aquele momento afetou uma família, formada por Vera Farmiga e Kyle Chandler. Alguns anos se passam, e a filha do casal cresceu. Virou Millie Bobby Brown, de Stranger Things, em sua estreia no cinema.
A nova história segue os esforços dos membros da Monarch, que enfrentam vários monstros gigantescos. Isso inclui o poderoso Godzilla, além de Mothra, Rodan e seu inimigo final, o rei de três cabeças Ghidorah. E todos esses seres antigos, que se pensou que seriam meros mitos, e começam a disputar a supremacia, deixando a humanidade em grande perigo.
Além de ser continuação do Godzilla de 2014, o filme também está no mesmo universo de Kong: A Ilha da Caveira, de 2017. Há várias referências a ambos os filmes. E também prepara o terreno para Godzilla x Kong, que será lançado no ano que vem, com parte do elenco de Rei dos Monstros retornando. E o que achei do Rei dos Monstros?
A crítica
Um horror! Rsrs! Sou grande fã de filmes de monstros. Acho que o Godzilla de 2014 é bem correto (a sequência inicial é ótima). E também não desgosto do filme de Kong, de 2017. Mas, esse aqui, infelizmente, é um erro do começo ao fim. A gente sempre fica com o pé atrás quando um filme muda muito de data de lançamento. E mais ainda quando há embargo de críticas na mesma semana da estreia. Nesse caso, é entendível.
Mas os trailers saíram muito bons. Então fui ver o filme com curiosidade . Só que já nos primeiros minutos já dava para perceber que a coisa não iria funcionar. Com uma estética e um roteiro típicos de produções B dos anos 90, o filme de 132 minutos parece que dura uma eternidade. Confesso que dei umas “pescadas”. Além disso, com muitas ações noturnas, cheias de neblina, fogo, etc, é extremamente difícil entender em vários momentos quem está lutando com quem. Se você foi um dos que reclamou daquele episódio da última temporada de Game of Thrones, nem se incomode de ir ao cinema. Aqui é muito pior.
O elenco
Além disso, coitada da Vera Farmiga! Ela está visivelmente incomodada com as falas de seu personagem. Vergonha alheia! Idem para a indicada ao Oscar, Sally Hawkins, que tem meia dúzia de diálogos, como a Dra. Graham. Como ela já tinha aparecido no primeiro Godzilla, era obviamente uma obrigação contratual. Já Kyle Chandler e Milly Bobby Brown tiram leite de pedra para tentar fazer seus personagens um pouco mais interessantes no meio de tanta bobagem. O filme ainda tem as participações de O’Shea Jackson Jr, Anthony Ramos, Zhang Zyi, David Strathairn, Bradley Whitford e Charles Dance. Imagino a cara do velho Charlie vendo o resultado final do filme! Rsrs!
E agora?
A produção custou mais de 200 milhões de dólares. Obviamente boa parte disso foi gasta com as lutas dos monstros. Mas com a fotografia ruim, nem isso é tão perceptível. Ou seja, um filme totalmente esquecível, que faz com que aquele de Matthew Broderick, dos anos 90, pareça uma obra de arte. Pelo menos muito melhor que esse.
Ah, durante os créditos aparece uma série de notícias, com referência à Ilha da Caveira, e por consequência a King Kong. Tem também uma cena, bem no final de tudo, que abre caminho para a gente entender um dos conflitos de Godzilla x Kong. Quem sabe nesse próximo eles conseguirão acertar?
Fotos de divulgação