Há muito se falava sobre isso. Mas somente agora a Warner deu o sinal verde. Bradley Cooper e Lady Gaga serão o novo casal da quarta versão para o cinema de Nasce uma Estrela, que também será a estreia de Bradley como diretor. Foram muitas idas e vindas. Primeiro, Clint Eastwood era o “dono” da cadeira de diretor desse projeto, mas depois que fez Sniper Americano com Bradley, topou sair e deixar o caminho livre para que o astro fizesse sua estreia como diretor. Inicialmente, Beyoncé faria o principal papel feminino, mas desistiu. Foi aí que Bradley convidou Lady Gaga, que já havia feito uma convincente estreia como atriz principal em American Horror Story: Hotel, pelo qual até foi premiada com o Globo de Ouro. Com tudo acertado, a produção está programada para começar no início de 2017 na Califórnia e Lady Gaga deverá escrever as canções do filme.
Para quem não sabe, a história de Nasce uma Estrela fala sobre uma jovem cantora/atriz (dependendo da versão) que se apaixona por um grande cantor/ator (idem) que está em decadência, e com problemas de bebida. Veja aqui quem esteve nas versões anteriores:
A primeira já vai fazer 80 anos. Em 1937, uma das maiores estrelas da época, Janet Gaynor ( a primeira atriz a ganhar um Oscar), fazia a jovem aspirante a atriz Esther Blodgett, que se apaixona pelo grande astro agora em decadência, Norman Maine (Frederic March). Aliás, diz a lenda, que o papel de Norman foi inspirado na vida real do ator John Barrymore, que viria a ser o avô de Drew Barrymore. O filme foi indicado para sete Oscars, e ganhou o de roteiro, além de um especial pelo trabalho do uso da cor no filme, já que foi o primeiro totalmente colorido a ser indicado ao Oscar de melhor filme.
A segunda, de 1954, era estrelado por Judy Garland e James Mason. Muito se falou sobre o filme, sobre os cortes dos maravilhosos números musicais impostos pelo chefão do estúdio, pelos constantes atrasos de Judy. Mas de qualquer maneira tem uma das mais poderosas atuações da história do cinema, só que Judy acabou perdendo o Oscar para Grace Kelly, bem inferior em Amar é Sofrer, numa vitória muito contestada. Em 1983, uma versão remasterizada e com várias cenas redescobertas foram adicionadas. Veja abaixo Judy em cena cantando a música mais famosa, The Man that Got Away (que eu adoro):
https://www.youtube.com/watch?v=ooeuybwJAsE
A terceira foi um sucesso enorme. Foi a segunda maior bilheteria daquele ano (1976). Pela primeira vez, toda a ação se passa no mundo da música , em vez do cinema. Barbra Streisand é uma aspirante a cantora que se apaixona pelo cantor decadente, vivido por Kris Kristofferson. Na época, se falou muito que Barbra queria que Elvis Presley fizesse o papel de Norman, mas diz a lenda que o Coronel Tom Parker, seu agente, teria dificultado as coisas. Barbra, Kris e o filme ganharam o Globo de Ouro, mas não foram indicados para o Oscar. Somente a lindíssima Evergreen foi premiada em ambos.