Este é o primeiro fim de semana em que as estreias do cinema acontecerão às quintas-feiras. Isso tem um lado bom e um ruim. Pelo positivo, você vai ter filmes novos chegando mais cedo na semana. Pelo lado negativo, você vai ter que se programar melhor e não poderá mais deixar os filmes para assisitir no último momento possível ( que agora passa a ser quarta-feira). Refém da Paixão é um desses filmes que você deve programar com antecedência . Afinal, é um filme para “as meninas”, que normalmente não tem vida muito longa no circuito! Mas vale a pena!
O diretor Jason Reitman sempre imprime uma certa melancolia em seus filmes. Juno, Amor sem Escalas e principalmente o excelente Jovens Adultos são bons exemplos disso. Refém da Paixão, não é diferente. Ou talvez o sentimento esteja até um pouco mais em evidência pois se trata de uma história de amor impossível.
Adele (Kate Winslet) é uma mulher separada com um filho pré-adolescente e um quadro de depressão. Numa de suas raras saídas, ela é abordada no supermercado por um fugitivo da prisão. Educado e bonito, Frank (Josh Brolin) a convence a levá-lo para casa para que ele possa se esconder da polícia. Os três acabam formando uma célula familiar a partir do momento em que cada um passa a complementar o outro. Mas, como sempre nos filmes do diretor, o tempo é inimigo e logo os três deverão enfrentar a realidade que se apresenta do lado de fora.
Kate Winslet está maravilhosa, evitando cair na armadilha do lugar comum de uma mulher deprimida. A química dela com Josh Brolin também funciona. Especialmente na cena em estão fazendo a torta de pêssegos. Altamente sensual na medida certa, também demonstra como estes dois personagens necessitam um do outro.
Algumas outra participações especiais também aumentam o charme do filme. James van Der Beek (Dawson Creek) como o policial, Clark Gregg (Os Vingadores) como o ex-marido de Adele e Tobey Maguire como o Narrador. Também é impressionante a semelhança de Tom Lipinski, que faz Frank jovem, com Josh Brolin. Isso nunca me passou pela cabeça quando o vi na primeira temporada de The Following.
O final dá uma sensação de ser um pouco apressado, parecendo uma daquelas cenas adicionadas depois que o público-teste reclamou que faltava algo. Mas isso não tira o charme do filme. E principalmente o prazer de ver atores como Kate e Josh na tela, vivendo uma bela história de amor.
Eliane Munhoz
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