Gosto muito de um bom filme (ou série) de vampiros. Acho que são personagens trágicos, românticos, sensuais. Mas confesso que em todos estes anos assistindo às mais variadas interpretações das histórias destes personagens tão fascinantes, nunca vi algo diferente como Amantes Eternos. O filme, que estreou este final de semana nos cinemas, é dirigido por Jim Jarmusch, com seu estilo familiar mas mesmo assim muito diferente de tudo que ele já fez.
Adam (Tom Hiddleston) é um vampiro que vive na cidade de Detroit, fotografada como se tivesse sido praticamente abandonada. Ele é um músico que odeia a convivência com humanos (a quem chama de zumbis). Deprimido, Adam quer acabar com sua vida. Mas seu grande amor, que vive em Tanger, Eve (Tida Swinton) vem ficar ao seu lado para tirar essa ideia da sua cabeça. Tudo parece caminhar bem até que a irmã de Eve, Ava (Mia Wasikowska,) também vampira, aparece para bagunçar literalmente tudo.
Em alguns momentos, uma leve lembrança de Fome de Viver passa pela cabeça de quem está assistindo. Mas é uma coisa passageira. Amantes Eternos tem um pouco de humor, muito de sensual e uma história inesperada. Não é para todos os gostos, alguns podem achar o ritmo lento. Mas Tom Hiddleston está incrível, apaixonante mesmo. E bem diferente de Loki, dos dois filmes de Thor e dos Vingadores. Tilda Swinton, uma boa atriz mas por quem eu não tenho a menor empatia, está bem e até bonita (incrível!). Ainda tenho que dar o braço a torcer. Mesmo Mia Wasikowska está bem. Uma das atrizes mais fracas de sua geração, traz aqui um frescor e um fogo que realmente eu não suspeitava que tivesse.
Com uma bela trilha e ainda as participações muito especiais de John Hurt e Anton Yelchin (Star Trek), Amantes Eternos é um programa adulto e diferente não só para os fãs de filmes de vampiros mas também para aqueles que gostam de uma bela história de amor.
Eliane Munhoz
Eduardo Pepe
17 de agosto de 2014 às 12:09 am
Tbm não gosto dessa Mia Wasikowska, um tanto careteira e apática demais. Mas ela estar se esforçando. Inclusive estar no ainda inédito de Cronenberg. Quem sabe não desabrocha mais no futuro.