Eu sou grande admiradora de Mel Gibson como diretor, especialmente Até o Último Homem, que acho sensacional (está no MAX e vale a pena). Mas, nos últimos tempos, devido a posições em sua vida pessoal, acabou ficando numa lista negra em Hollywood. Entretanto, conseguiu dirigir Ameaça no Ar, um filme claramente de baixo orçamento, que estreou essa semana no cinema.
Em Ameaça no Ar, um piloto (Mark Wahlberg) é responsável por transportar a agente Madolyn Harris (Michelle Dockery), que acompanha um depoente (Topher Grace) que estava foragido nas montanhas. Ele é uma testemunha- chave num caso contra uma família de mafiosos. À medida que atravessam o Alasca em pleno ar, a viagem se torna um pesadelo em altitude de cruzeiro. A tensão aumenta exponencialmente quando, aparentemente, nem todos a bordo realmente são quem dizem ser. Com os planos comprometidos e as coisas totalmente fora do controle, o avião fica no ar sem coordenadas, testando os limites dos três passageiros.
O que achei?
Ameaça no Ar é um daqueles típicos filmes difíceis de fazer a crítica com o receio de entregar uma surpresa do roteiro. Mas no caso desse filme até o próprio roteiro do trailer entrega, rsrs. Aliás, o grande problema do filme na verdade é o roteiro. Apesar de começar muito bem – e eu adoro filmes que se passam num único espaço, aqui no caso a cabine do avião – a resolução alterna momentos bons, com outros sinceramente ridículos. Mas, sinceramente, nada é tão ridículo no filme como a atuação de Mark Wahlberg. São tantas caras e bocas que vira até vergonha alheia. Já Michelle Dockery (de Downton Abbey), apesar de estar pouco à vontade no papel, tenta ser eficiente.
Há boas cenas de ação, mas também há algumas que são bem mal feitas – a pior eu acho que é alce na janela logo no início, rsrs. Na verdade, Ameaça no Ar é um daqueles filmes que chegam aos montes no streaming – fico até surpresa que tenha ido para o cinema. Até mantém sua atenção, mas no dia seguinte, você pouco lembra dele.