Já faz 14 anos que o primeiro desenho de Os Incríveis estreou. Na ocasião, fez mais de 630 milhões de dólares nas bilheterias do mundo. Era um bom número, mas nem tão especial assim, já que até hoje é o oitavo entre todos os longas de animação da Pixar. E considerando que o lançamento de Incríveis 2 teve a mais longa espera entre um filme original e sua sequência entre as animações do estúdio, é realmente surpreendente ver o enorme sucesso que o filme vem alcançando. Ele bateu todos os recordes de bilheteria de um filme de animação nos Estados Unidos, com mais de 180 milhões somente em seu fim de semana de estreia, e fez praticamente o mesmo em sua segunda semana por lá. Agora está chegando aqui no Brasil aos cinemas, com a mesma perspectiva.
Mas enquanto aqui fora tudo é festa para Os Incríveis, na história dentro do filme , a coisa é diferente. Os super-heróis continuam sendo considerados fora da lei, e com isso após uma perseguição a um vilão, que praticamente destrói a cidade, eles são até presos. Só que uma esperança aparece com os irmãos da empresa Devtech, que desejam recuperar a importância dos super-heróis. Para isso, convidam a Mulher-Elástica para ser a garota propaganda desse novo plano. Então enquanto ela luta contra um novo e poderoso vilão, o Sr. Incrível tem que ficar em casa cuidando das crianças, especialmente do bebê Zezé, que está descobrindo seus super-poderes.
Com duas horas de duração, o filme se tornou o desenho gerado por computador mais longo não só da Pixar como da história. E esse tempo todo foi sentido no ritmo da história, pelo menos sob o meu ponto de vista. O roteiro também está longe de ter o charme do primeiro, com momentos bem chatinhos – realmente não é dos mais inventivos. Mas tem o charme de dois personagens muito legais, a figurinista Edna Moda – pena que aparece muito pouco – e o fofíssimo bebê Zezé. São deste último as melhores e mais divertidas sequências do filme. Repare bem na deliciosa briga dele com o guaxinim. É ótima!
Minha sensação é que se o filme tivesse uns 20 minutos menos , a historinha ficaria mais redonda e menos cansativa. Mais um para a caixinha “não é tão bom quanto o primeiro”. O bom é que, como sempre, há um curta lindo e emocionante antes do filme. O desta vez chama-se Bao, e conta a história de uma mulher chinesa, que está sofrendo com a síndrome do ninho vazio. Só que um belo dia um bolinho que ela fez ganha vida, e começamos a ver novamente todas as fases da relação de mãe e filho. O bolinho bebê e a coisa mais fofa!! A diretora é uma mulher – pela primeira vez na história da Pixar – Domee Shi. Aqui a gente vê aquilo que a Pixar tem de mais legal!