Em tempos recentes, grandes estrelas buscaram filmes de ação para transformar um gênero que é super dominado pelos homens. Foi o caso de Charlize Theron (vários, mas meu preferido é Atômica). Kate Beckinsale e Milla Jovovich até vieram antes com as franquias de Anjos da Noite e Resident Evil. E claro, as super-heroínas, Gal Gadot como Mulher Maravilha, Scarlett Johansson (Viúva Negra) e Brie Larson (Capitã Marvel). Isso sem esquecer As Panteras, cuja última adaptação para o cinema foi um fracasso, mas eu achei bem divertida. E agora chega a vez de As Agentes 355, que estreia nessa quinta nos cinemas. O elenco é impressionante: Jessica Chastain, Penelope Cruz, Lupita Nyong’o e Diane Kruger.
A história em princípio não tem nada de muito novo. Uma arma ultrassecreta cai nas mãos de um grupo de mercenários que ameaçam o mundo. Quantas vezes a gente já viu isso? Só que agora a agente da CIA Mace Brown (Jessica Chastain) terá que unir forças para resolver isso numa missão letal. Especialmente depois de ter perdido seus parceiro/amante (Sebastian Stan) numa perseguição. Ela se junta com a agente alemã Marie (Diane Kruger); a ex-membro do MI6, especialista em computadores, Khadijah (Lupita Nyong’o); a psicóloga colombiana Graciela (Penélope Cruz). Juntas, elas viverão cenas de ação ao redor do mundo. Dos cafés de Paris e mercados do Marrocos à riqueza e glamour de Xangai. É quando mais uma mulher forte vai se juntar à trama. Lin Mi Sheng (Bingbing Fan), que está rastreando todos os seus movimentos.
O que achei de As Agentes 355?
Eu já aviso que não há nada surpreendente. A história se transforma em uma mistura de As Panteras com Missão Impossível. Até a “grande surpresa” é esperada. Mas é um filme gostoso de ver , e as atrizes são sempre boas. O destaque entre elas, entretanto vai para Penelope. Ela está muito divertida como aquela que cai de paraquedas na história. Diane entrou na última hora para o elenco, substituindo Marion Cotillard, que resolveu sair “por razões pessoais”. A mais fraca acaba sendo Lupita, que está muito apática na maior parte do tempo.
O diferencial é ver essas mulheres tendo que aprender a confiar uma na outra, e a depender da outra. Há uma cena ótima mais ou menos na metade do filme quando elas conversam sobre seus problemas de ser mulher e agente. É quando as atrizes demonstram o seu carisma. É também simpática a explicação da razão pela qual elas se chamam de as 355. E claro, assim como em qualquer filme de James Bond – ou das Panteras – tem que ter uma festa pra todo mundo ficar elegante. E lutar muito mesmo de salto alto ! Ou seja escapismo puro.