O livro A Cabana, de William P. Young é um enooorme best seller. Para se ter uma ideia, ficou 70 semanas (isso mesmo, 70) como o livro mais vendido na famosa lista do The New York Times. Eu nunca li, mas conheço muita gente que acha que é o melhor livro que já leu na vida. São essas pessoas que os produtores do filme A Cabana, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, querem atingir. Só com eles, ao redor do mundo inteiro, poderá se tornar um dos mais vistos do ano.
Se você não conhece a história, tudo começa quando Mack Phillips [Sam Worthington] sofre uma tragédia familiar e entra em uma profunda depressão, que o faz questionar suas crenças mais íntimas. Diante de uma crise de fé, ele recebe uma carta misteriosa que o convida para ir a uma cabana abandonada no deserto de Oregon, justamente o local onde tudo aconteceu. Apesar das suas dúvidas, Mack vai à cabana e encontra um enigmático grupo de estranhos liderados por uma mulher chamada Papa [Octavia Spencer]. Por meio deste encontro, Mack deverá encontrar verdades significativas que irão transformar o seu entendimento sobre a tragédia que abalou sua família e sua vida mudará para sempre.
Creio que posso dizer que o filme vai funcionar muito bem junto àqueles que são religiosos, e que principalmente ficaram comovidos com o livro. No meu caso específico, que não estou incluída em nenhum dos dois grupos, realmente o filme não me emocionou. Mas de qualquer maneira, vi muita gente aos prantos, outros dizendo que era o melhor filme que já tinham visto na vida. No meu caso, me lembrou vários daqueles filmes que passam na TV na época da semana santa. São bonitos, com uma bela direção de arte, mas não conseguem “me atingir”. No caso de A Cabana, o filme ainda tem o algo a mais que é a presença sempre ótima e marcante de Octavia Spencer que chegou a ir ao Rio de Janeiro para o lançamento do filme. O filme ainda conta com uma boa participação de Alice Braga como A Sabedoria.
O que posso dizer é que no final o filme me cansou um pouco. Tem duas horas e 12 minutos de duração, que eu senti bastante. Após o momento em que Mack chega à cabana, creio que o filme poderia ter sido um pouco mais dinâmico, mais direto ao ponto. Mas é claro que eu não sou o público-alvo. Para aqueles que leram o livro e se apaixonaram pela história ele provavelmente é até curto demais. Então cabe a você decidir em qual grupo você se encaixa para melhor aproveitar (ou não) a experiência.