Houve uma época em que lancei vários desenhos da Nick em home vídeo. Os Thornberrys, Hey Arnold, Rugrats: Os Anjinhos, além, é claro, de Bob Esponja e meu favorito, Jimmy Neutron. Mas nunca cheguei a lançar por aqui os desenhos de Dora, a Exploradora. Na época, ele era considerado “muito mexicano” e portanto não faria sucesso no Brasil. Mas o tempo passa, as coisas mudam, Dora continua por aí na TV depois de tantos anos. Tanto que ganhou agora um longa metragem, com direito a efeitos especiais e super produção. Dora e a Cidade Perdida estreia amanhã nos cinemas.
A história
No filme, Dora não é mais uma garotinha. Ela agora é uma adolescente, que mora com os pais na selva. Só que os pais vão sair numa viagem em busca de Paratapa, uma antiga cidade perdida dos Incas. Então Dora tem que ir para a casa do primo Diego, a quem não vê há muito tempo, e fazer uma imersão no estilo de vida de uma escola americana. Isso resulta em problemas de adaptação, só que tudo fica muito mais complicado quando Dora e seus amigos são raptados por mercenários e e levados de volta para a floresta.
A crítica
Eu já aviso que para os adultos, ele pode parecer meio bobinho. Mas o filme não é para adultos, talvez nem mesmo para adolescentes, apesar de Dora ser uma deles. Quem vai curtir mesmo o humor meio pastelão, com piadas escatológicas, são as crianças. O roteiro que mostra várias aventuras de Dora e seus amigos vai deixar os menores com vontade de ir correndo para a floresta.
Em alguns momentos, ele me pareceu uma versão mais fofa e infantil de Meninas Malvadas. Mas o recado está dado: seja sempre positiva, acredite em você mesma. Com isso e a vivacidade de Isabela Moner (que agora mudou o nome para Isabela Merced), qualquer um pode embarcar nessa história. A atriz é tão adorável no papel que é impossível não gostar dela. O filme ainda tem outros nomes conhecidos no elenco, como Eva Longoria e Michael Peña como os pais de Dora, Adriana Barrazas como abuelita, e ainda o sempre divertido Eugenio Derbez como Alejandro.
O filme foi um sucesso razoável para a Paramount. Com um custo de 69 milhões, rendeu 116 em 44 territórios. Será que isso quer dizer que vem uma sequência por aí?