O projeto de Os 7 de Chicago já vinha rodando por Hollywood há muito tempo. Houve um tempo em que Steven Spielberg estava programado para dirigir. E ele queria Heath Ledger no papel de Tom Hayden e Will Smith como Bobby Seale. O tempo passou, e Aaron Sorkin (adoro The Newsroom), assumiu o roteiro e direção. O filme, que estreou na netflix nessa sexta (16), é imperdível. Deverá ter presença certa na Temporada de Premiações.
A história de Os 7 de Chicago
Eu confesso que não conhecia a história de Os 7 de Chicago, que representou um momento importante na história real dos Estados Unidos. O filme começa em 1968, quando a convenção democrata está prestes a escolher seu candidato à presidência. A Guerra do Vietnã está à toda. E vários grupos pretendem fazer um protesto durante a ocasião em Chicago, cidade que vai sediar o grande evento. Só que as coisas dão muito errado, com um enfrentamento com a polícia. E com a mudança do governo, todos os líderes dos grupos são processados pelo governo. E o julgamento parece ser um jogo com cartas marcadas.
A crítica
Os 7 de Chicago se passa em 1968, mas tem uma temática extremamente atual. O mundo criado por Richard Nixon na época não é diferente do que se vê em vários países do mundo. E Aaron Sorkin é um liberal até o último fio de cabelo. Logo, o fato de ter escolhido esse momento, quando os Estados Unidos está prestes a viver uma nova eleição, para o lançamento do filme, não é nem de longe uma mera coincidência. No país, provavelmente todo mundo conhece a história. Mas, fora dos Estados Unidos, pouquíssimos devem saber o que aconteceu. Eu não conhecia a história, e o filme ilustra bem tudo o que aconteceu naquele momento.
A maior parte do tempo o filme se concentra na época do julgamento, tanto na sala do tribunal, como na casa onde os indiciados estão vivendo. Mas também há os flashbacks, que mostram a violência do momento, e especialmente como tudo fugiu do controle. São muitos personagens, muitos nomes, e muitas situações. Então é preciso que você preste atenção contínua. Isso acaba sendo fácil, porque, como sempre, os diálogos de Aaron Sorkin são poderosos e envolventes.
O elenco
E que elenco! Eddie Redmayne, Sacha Baron Cohen, Jeremy Strong (que substituiu Seth Rogen), John Carrol Lynch, Yahya Abdul-Mateen II, Frank Langella, Mark Rylance, Joseph Gordon Levitt. Todos tem o seu momento! Até mesmo Michael Keaton com apenas duas sequências! Mas, para mim, quem se destacou mais foi Sacha Baron Cohen, como Abbie Hoffman.
Como curiosidade, só depois de uma meia hora de filme é que percebi que o personagem de Eddie Redmayne – Tom Hayden – era na verdade o ex-marido de Jane Fonda. Ele ficaram casados por vários anos, e ele é o pai do filho dela, Troy. Mas vamos combinar que eTom era bem diferente de Eddie fisicamente né? Rsrs.