Lembro-me bem a época que o primeiro Avatar foi lançado em 2009. Os cinemas ficaram lotados! Você tinha que esperar um tempão para comprar um ingresso. Uma verdadeiro acontecimento. Tanto que o filme se tornou a maior bilheteria de todos os tempos. Durante um bom tempo, se falou na possível sequência. A primeira delas – teremos mais três – estreia nessa quinta nos cinemas brasileiros. E posso dizer que gostei mais da sequência do que do original.
Começando pela história. Um pequeno flashback sobre o que aconteceu desde o fim do primeiro Avatar mostra que mais de dez anos se passaram. Jake Sully (Sam Worthington) vive pacificamente com sua família e sua tribo. Ele e Ney’tiri (Zoe Saldana) formaram uma família que abrange três filhos, e uma filha adotada. No entanto, a volta dos humanos e do Coronel Miles (agora como Avatar) faz com que eles deixem a floresta. A família tem que sair em busca de um novo lar em outra região de Pandora. Eles chegam numa comunidade litorânea, Metkayina,onde os Na’vi tem costumes muito diferentes. Só que a ameaça de Miles (Stephen Lang) vai perseguir Jake até o fim dos tempos. E Jake e Ney’tiri terão que fazer de tudo para ficarem juntos e cuidar da família e de sua tribo.
O que achei?
Assim como o primeiro, o filme é visualmente sensacional. Também vi com os óculos 3D. Isso dá uma profundidade ainda mais fora do comum. E achei que a história flui mais naturalmente. Não há necessidade de explicar o que é Pandora, como funcionam os Avatares. A ideia do roteiro é seguir essa família, que luta com todas as forças, para ficar junto e salvar aqueles que amam. E a gente já sabe que quando James Cameron resolve fazer uma sequência, ele a faz ainda mais grandiosa, e novelesca. Há mais sentimentalismo (adoro), os personagens são mais definidos
Logo fica claro que a outra preocupação forte de James Cameron (novamente diretor e co-roteirista) é a ecologia. A cada momento em que uma cena de destruição dos humanos acontece, é como se ficasse até difícil respirar. James Cameron é um diretor que sabe “acabar” com você, rsrs. E quando entram os animais marinhos na história, especialmente uma espécie de baleia muito doce, você vai ficar completamente vendido. As cenas de perseguição a esses animais me fizeram chorar em um determinado momento do filme.
Mas o filme também tem o seu lado mais leve com as aventuras dos filhos de Jake e Ney’tiri. Vai fazer você sorrri, e também adorar os doces momentos de cada um deles sendo simplesmente adolescentes bobinhos. Isso não impede também que exista o conflito em alguns deles, tentando descobrir seu caminho e seu lugar na família. Tudo funciona.
Há também os interessantes personagens da tribo Metkayina. Os dois líderes são vividos por Cliff Curtis e Kate Winslet. Confesso que não a reconheci – parecia um personagem de Moana, rs. Brincadeiras à parte, ela também tem uma cena sensacional, que emociona.
E no final…
Além de personagens envolventes tem ótimas sequências de ação. Com direito à explosão, barco afundando (impossível não lembrar de Titanic). E ainda perseguições, falta de ar e animais brilhantes salvadores (impossível não lembrar de O segredo do Abismo), rs. Ou seja, é um filmão! Vai fazer você se divertir, se emocionar, ficar tenso. E ainda maravilhado com o visual de cada cena. Tanto que nem vai sentir passar as 3h20. Verdade! Está na lista dos melhores do ano.