O caso de Piratas do Caribe é um clássico do marketing. Idealizado há uns 30 anos para ser um brinquedo , uma atração dos parques da Disney. Quando veio a ideia de se fazer um filme no início dos anos 2000 é pouco provável que alguém pudesse vislumbrar o sucesso que viria. E que 14 anos depois, um quinto filme chegaria ao cinema, com a expectativa de dar continuidade à franquia, já vislumbrado em uma cena pós- crédito. Ou seja, não saia correndo do cinema quando for assisti-lo a partir dessa quinta.
A aventura começa com uma conversa entre Will (Orlando Bloom, retornando ao seu papel mais famoso) como um espírito que aparece para seu filho pequeno, Henry, contando sobre uma maneira de acabar com a maldição que o condenou a vagar para sempre a bordo do Holandês. O tempo passa, e Henry , já um jovem adulto (mais uma interpretação sem muita graça de Brendon Thwaites) em sua busca para salvar o pai, acaba cruzando o caminho do Capitão Salazar (Javier Bardem), ele também alvo de uma maldição. É quando descobre que única maneira de Libertar William é achar um tridente que poderá libertar a todos. Obviamente, quem tem a chave disso é Jack Sparrrow. Ainda com a ajuda de uma jovem cientista ( Kaya Scodelario, dos filmes de Maze Runner), esse insólito grupo ainda vai viver várias aventuras que também vão incluir o Capitão Barbossa ( Geoffrey Rush) .
Assim como todos os outros filmes de Piratas do Caribe, este aqui também passa um pouquinho do ponto. Não que seja ruim, pelo contrário, é bem divertido, tem efeitos simplesmente incríveis, que demonstram bem onde foram gastos os mais de 130 milhões de dólares da produção. Só que o roteiro, como sempre, ultrapassa um pouco aquele momento em que uma aventura pode ser perfeita, mesmo sendo a mais curta das aventuras de Jack Sparrow com pouco mais de duas horas. Algo que deixa aquela sensação de forçar a barra um pouco demais.
Johnny Depp maia uma vez está o máximo como Jack Sparrow. Difícil dizer quem é o criador e quem é a criatura, já que na maioria de seus filmes desde então ele manteve alguns tiques de Jack. O filme tem ainda uma cena com aqueles efeitos especiais que rejuvenescem, em que é possível ver um Johnny Depp dos tempos de Don Juan de Marco. É realmente impressionante!
Outro destaque dos efeitos é a maquiagem e princialmente os cabelos de Javier Bardem. Para os fãs, o filme tem ainda sua parte de participações muito especiais como a de Paul McCartney (quase impossível de reconhecer na cena da cadeia) e , é claro, Keila Knightley numa pequena aparição com Elizabeth. Isso realmente não é spoiler algum já que foi noticiado em todos os lugares enquanto as filmagens ainda estavam acontecendo.
De qualquer maneira, mesmo com seus problemas, é impossível não sorrir com Jack, não se emocionar com Will e Elizabeth. Na verdade, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar é um filme para os fãs. E esses perdoam qualquer deslize.