Assisti Crimes Ocultos, que estreou esta semana nos cinemas, no dia seguinte que vi Mad Max. Neste último, na época em que escrevi sobre ele, falei sobre como o protagonista Tom Hardy simplesmente “sumia” nas cenas com Charlize Theron. Afinal, ela tem toda aquela presença de estrela em qualquer coisa que faça. Já Tom é um bom ator que, quando contracena com outros de seu nível, funciona e até chama a atenção. É o caso de Crimes Ocultos. Aqui é possível vê-lo no papel principal de um soldado russo logo após a segunda guerra num filme denso e muito interessante. Vale conhecer!
Baseado no livro best-seller de Tom Rob Smith, que eu não conhecia, o filme é um suspense que se passa na Rússia em 1953, misturando com eficiência uma trama política com um caso policial. Um órfão que se tornou herói de guerra, Leo Demidov (Tom Hardy) cresceu na hierarquia do MGB, a segurança nacional, e começa a investigar uma atividade de dissidentes. Quando ele e seu colega sádico Vasili (Joel Kinnaman, o Robocop) capturam o espião suspeito Anatoly Brodsky (Jason Clarke, de O Planeta dos Macacos: O Confronto), o “traidor” entrega o nome da mulher de Leo, a professora Raisa (Noomi Rapace, feia e fraca como sempre), como conspiradora.
Forçado a investigar Raisa por suspeita de traição, Leo tem que resolver ao mesmo tempo o caso de um garoto cujo corpo foi encontrado retalhado em uma via férrea. Apesar das evidências apontarem o contrário, Leo é pressionado a declarar a morte como um acidente ao pai do garoto, o agente Alexei Andreyev (Fares Fares), seu grande amigo.
Por amor, Leo se recusa a entregar a esposa, e ambos acabam exilados de Moscou para um sombrio posto distante de tudo. Só que, juntamente com o General Mikhail Nesterov (Gary Oldman), ele descobre que a morte do filho de seu amigo faz parte do trabalho de um assassino serial que vem capturando jovens garotos. Só que sua busca por justiça ameaça o acobertamento de todo um sistema que insiste em repetir que “Não há crimes no paraíso”.
É triste verificar que certas coisas nunca mudam. Por exemplo, a exibição do filme foi proibida na Rússia, com suas cópias retiradas dos cinemas poucos dias antes de sua estreia, mesmo depois de autorizada por órgãos governamentais. O cancelamento aconteceu após o Ministro da Cultura russo descrever o filme como ”uma distorção de fatos históricos e uma interpretação imoral de eventos (…), imagens e personagens Soviéticos daquele período”.
Mesmo depois de mais de meio século, continuam não existindo crimes no paraíso.
Cristina
30 de junho de 2016 às 6:09 am
Parei de ler em Noomi Rapace “feia e fraca como sempre”. Achei que em seguida ela ia ser chamada de “boba, má e dentuça”. Filha, vou te dar um toque: isso aqui não é rede social. Existe um padrão para esse tipo de escrita. Isso nem de longe é uma resenha. Feio e fraco é seu texto (demais).