Billy Crystal é um de meus apresentadores favoritos do Oscar – ao lado de Hugh Jackman e Ellen DeGeneres. Sempre achei que ele é muito melhor como ele mesmo do que vivendo outros personagens no cinema. Mas de qualquer forma, ele construiu uma carreira especial, ganhando vários prêmios. O último filme do ator que foi para o cinema foi Uma Família em Apuros, de 2012. Mas ele não parou de trabalhar, seja em produções que foram direto para as plataformas digitais ou para a TV. O mais recente é Caindo em Pé, que estreia hoje (30) na TNT, às 22h30 dentro da franquia TNT Original.
O filme conta a história de uma amizade improvável. Scottie (Ben Schwartz, de Space Force) é um comediante forçado a voltar para casa dos pais aos 34 anos porque a carreira não deu certo. Marty (Billy Crystal) é um dermatologista alcoólatra tragicamente falho, mas carismático. Os dois se conhecem no banheiro de um bar. Mas, ao descobrir que são espíritos semelhantes, cada um ajuda o outro a encontrar um novo caminho. E ainda arrumar a confiança para enfrentar os “fracassos” em suas vidas.
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A crítica
É bom deixar claro que o filme tem momentos divertidos. Afinal tanto Billy Crystal como Ben Schwartz são comediantes na essência. Só que Caindo em Pé está muito mais próximo do conceito de um drama. Daqueles que você vê os personagens encararem as oportunidades perdidas. Os primeiros 15 minutos, quando ficamos conhecendo mais sobre a história de Scottie não parecem muito promissores ou mesmo originais. Achei realmente que seria uma chatice. Quando Billy Crystal entra na história, com a cena vexatória no banheiro, a coisa começa a entrar nos eixos.
O roteiro deixa uma pergunta clara: será que conseguimos desfazer algo de muito errado do passado? Os dois chegam a usar a palavra em inglês “unfuck”. Normalmente, a resposta é não. Mas a tentativa é sempre válida. A relação entre Billy e Ben funciona todo o tempo, seja nas partes de comédia, ou em alguns momentos dramáticos. Entretanto, existe um momento mais cheio de drama próximo ao final, quando Marty visita o filho, que foge um pouco do perfeito balanceamento da história. Nem mesmo Billy está tão bem na cena.
Na verdade, o sentimental da história é mais eficiente em momentos em que as pessoas se conectam, como o jantar final. E graças à química entre Billy Crystal e Ben Schwartz, o filme funciona bem. Mas também é preciso destacar o resto do elenco como Eloise Mumford (50 Tons de Cinza), David Castañeda (The Umbrella Academy) e Debra Monk (atualmente em New Amsterdam). E, é claro, Grace Gummer, a super talentosa filha de Meryl Streep. As “discussões ” entre irmãos que ela e Ben Schwartz têm são ótimas. É mais uma das razões para assistir o filme!