As novas tecnologias estão sempre presentes em novas formas de entretenimento. Produções de cinema feitas com celular, o costume de ver filmes no laptop, a proliferação da produção de filmes caseiros que atingem pessoas no mundo inteiro. Eu me lembro como foi um acontecimento o lançamento de A Bruxa de Blair, que era todo filmado com uma câmera nervosa na mão. Esse era um princípio que agora encontra um similar, mas muito mais bem feito, em Buscando…. O filme estreia essa semana nos cinemas, e já foi para a minha lista dos melhores do ano.
A sinopse é bem simples. Uma adolescente que perdeu a mãe vai estudar na casa de uma amiga, e desaparece. O pai começa a investigar o que aconteceu, e conta com a ajuda de uma detetive. Falando assim parece comum, não? Mas tanto a história é muito bem contada do ponto de vista de roteiro, como também tem uma forma super diferenciada de mostrá-la. Isso porque tudo é mostrado através de telas, seja por Facetime, Skype, TV, computador, celular, IPad. É realmente uma linguagem moderna, feito de maneira brilhante (levou dois anos para que todos esses efeitos fossem adicionados ao conteúdo filmado). Além disso, a Sony, estúdio que está lançando o filme, teve o cuidado de traduzir todos os ícones, legendas, etc para o português.
Só isso não seria suficiente, entretanto para manter a atenção do público. O melhor é que a história tem uma reviravolta atrás da outra. E ela é sempre contada sob o ponto de vista de uma tela qualquer, que mantém seu interesse todo o tempo. Ponto para o diretor estreante Aneesh Chaganty . Enquanto o pai vai buscando informações sobre a filha perdida, ele também vai conhecendo um lado dela que ele não imaginava. O certo é que quanto menos você souber sobre a história, mais vai aproveitar o suspense do filme com prazer.
Buscando não tem super astros em seu elenco. Mas tem atores conhecidos, especialmente daqueles que assistem séries de TV, que sempre asseguram a certeza de uma boa atuação. John Cho fez o Sr. Sulo nos filmes de Star Trek, e ainda arrasou na segunda temporada assustadora de The Exorcist. Em Buscando, ele faz o pai. Já a detetive que cuida do caso é personificada por Debra Messing, completamente fora de seu ambiente de conforto de comédia, tipo Will & Grace, para ser uma policial preocupada e dedicada. Esses dois mantém sua atenção, e fazem com que você queira muito saber o que vai acontecer na cena seguinte. Pode ser melhor que isso?
As fotos são de divulgação.