Eu não li os livros best-sellers da série Jogos Vorazes, mas assisti todos os filmes. Então minha lógica para analisar os quatro filmes e mais especificamente o último – Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 2 – é baseada exclusivamente no que vi nas telas. Ao contrário da maioria, eu gostei muito da aventura anterior, A Esperança – parte 1, por isso tinha muita expectativa com este fechamento da franquia, que estreia excepcionalmente na quarta-feira, dia 18 nos cinemas.
Na última vez que vimos Katniss, Peeta, Gale e todos os outros nomes da franquia, Peeta (Josh Hutcherson) tinha sofrido uma lavagem cerebral e havia tentado matar Katniss (Jennifer Lawrence). Agora, com a nação de Panem vivendo a guerra em grande escala, ela decide confrontar o Presidente Snow (Donald Sutherland) nesse último episódio. Com a ajuda de Gale (Liam Hemsworth), Finnick (Sam Claflin) e até mesmo de Peeta (Josh Hutcherson), Katniss parte em uma missão com o grupo do Distrito 13. Enquanto arriscam suas vidas para libertar os cidadãos de Panem e planejar a tentativa de assassinato do Presidente Snow, que está cada vez mais obcecado em destruí-la, eles vão enfrentar armadilhas mortais, inimigos inesperados e escolhas desafiadoras.
O filme começa lento, bem lento, na verdade. Tem uma boa sequência com a invasão das águas negras, mas só vai melhorar mesmo depois que o grupo entra no metrô. Aí, ele tem seu melhor momento, assustador, tenso e com cenas emocionantes. Mas o ritmo volta a cair na última parte, com vários e intermináveis finais para convencer a audiência que ela fez a escolha certa. As atitudes de Katniss, entretanto, com relação à escolha entre seus dois apaixonados, soam um tanto estranhas. Aliás, pode ser que nos livros a situação seja diferente, mas é muito difícil de acreditar neste amor entre Katniss e Peeta. Mesmo com todo o evidente esforço por parte da atriz, que está ótima como sempre. Essa falta de química para mim é o grande problema da série.
Os 137 minutos não são suficientes para que alguns atores como Sam Claflin, Elizabeth Banks e Gwendolyne Christie (que tem pouco mais que uma ponta) consigam fazer muta coisa. Outros que tem pouquíssimo a fazer (praticamente só uma cena) são Jeffrey Wright e Stanley Tucci. Mas é claro, que oferece bons momentos para os veteranos Donald Sutherland, Julianne Moore, Woody Harrelson e a sempre ótima Michelle Forbes. E, infelizmente, é perceptível algumas edições de cena para acomodar na história a triste perda de Philip Seymour Hoffman.
De qualquer maneira, a franquia é um sucesso gigantesco. Até hoje, os três filmes anteriores renderam mais de 2 bilhões de dólares no mundo inteiro. E, é claro, que todos esses fãs vão correr para ver o fechamento dessa história. O que fica, entretanto, é que mesmo com um material limitado, Jennifer Lawrence é uma grande atriz, que tira leite de pedra. Ela é a razão do sucesso!