Sou fã de Bridget Jones. O primeiro filme. O segundo é bem fraco, toda aquela história na Tailândia é absurda. Mas de qualquer forma, vale por Bridget e Mark, esse casal improvável, que nos conquistou há 15 anos. Quando começou a se falar em uma terceira parte, que (ainda bem) não tem nada a ver com o último livro de Helen Fielding, Louca pelo Garoto, fiquei entusiasmada e, ao mesmo tempo, preocupada com o que estava por vir. Pura bobagem de minha parte. O Bebê de Bridget Jones, que estreia esta semana, é uma graça, divertido, e faz uma homenagem mais do que merecida a esses personagens incríveis que conhecemos há tanto tempo
Agora, Bridget começa o filme como já vimos tantas vezes, ouvindo All by Myself. Mas a atitude agora que ela passou dos 40 é outra. Sim, ela ainda é pensa em Mark Darcy, mas ele se casou com outra (choque!!!), e Bridget se tornou uma bem-sucedida produtora, ao mesmo tempo que conseguiu perder peso. Ao comparecer ao velório de um amigo, ela resolve aceitar o convite de sua amiga repórter, para sair num fim de semana para ”curtir”. É então que Patrick Dempsey faz uma entrada de estrela, como Jack. E nem ela, e nem a plateia feminina consegue resistir ao “McDreamy”. Ou seja, após um encontro com Jack e outra alguns dias depois com Mark (que está se separando, YES!) numa festa, Bridget se vê naquela situação difícil de estar grávida e não saber qual dos dois é o pai. Isso leva a vários momentos divertidos como somente Bridget poderia provocar…
O filme tem ainda um atrativo a mais que é a presença de Emma Thompson, como a obstetra de Bridget. É incrível como essa atriz consegue despertar, pelo menos em mim, o riso e a emoção com uma facilidade incrível. Emma tem grandes momentos de comédia, além de ser uma das responsáveis pelo roteiro (ela é premiada com o Oscar na categoria por Razão e Sensibilidade, lembra?). Também o elenco de apoio é impagável: Jim Broadbent e Gemma Jones retornam como os hilariantes pais de Bridget, Sarah Solemani está ótima como a melhor amiga e apresentadora do telejornal, os outros velhos amigos de Bridget também voltam. Somente Hugh Grant não aparece, apesar de…estar presente.
E, é claro, Colin Firth e Renee Zellweger estão perfeitos como Mark e Bridget. Estão bem mais velhos, mas não estamos todos nós? O divertido é que mesmo da maneira mais improvável, os dois fazem você acreditar naquele sentimento e também naquelas confusões. Essa verdade é que faz de O Bebê de Bridget Jones a melhor comédia que vi até agora neste ano.
O filme já é considerado um fracasso nos Estados Unidos, onde fez somente 16 milhões em duas semanas. Não me admira, já que seus personagens já estão na meia idade, e as desventuras de uma mulher de mais de 40 anos não deve ter grande apelo aos adolescentes fãs de filmes de terror que dominam os cinemas norte-americanos. No resto do mundo, nos países onde estreou, tem tido uma recepção melhor. Vale esperar qual será o veredito no Brasil. Minha sugestão é que você dê uma chance ao filme, pois é divertido, é aquele típico “filme amigo”, que fará você passar duas horas se sentido confortável, como se estivesse em família.