“Engula seu orgulho, porque tudo que uma mulher quer é alguém que lute por ela”. Com essa frase tão verdadeira, A Escolha, que estreia amanhã (4) nos cinemas, vai com certeza atrair um bom público feminino. Não só aquelas que gostam de um romance gostoso, mas também grupos de amigas para suspirar junto, e, é claro, as fãs dos livros best-seller de Nicholas Sparks. Afinal, este é o 11º filme adaptado de um livro dele. Alguns com maior sucesso que outros. Eu tenho meus dois favoritos: Uma Carta de Amor, de 1999, com Kevin Costner e Robin Wright, e Noites de Tormenta, com Richard Gere e Diane Lane. Me acabei de chorar em ambos.
Aliás, essa é uma das características tanto dos livros como dos filmes de Sparks (ele é sempre produtor ). Você sempre pode esperar três coisas de ambos: 1) vai ter uma paisagem maravilhosa, que deixará você pensando por qual razão nunca esteve num lugar como aquele; 2) o casal vai ser sempre lindo; 3) alguma desgraça vai acontecer. E em A Escolha não é diferente. Aqui, você acompanha desde o início a história de Travis Shaw e Gabby Holland, que se conhecem quando se tornam vizinhos em uma pequena cidade litorânea. No início, ela tem um namorado sério e perfeito (Tom Welling, claro!), e o roteiro deixa bem claro a dúvida que a mocinha tem entre alguém tranquilo e confiável e outro que ela mal conhece, mas que mexe demais com sua cabeça. Esse é um ponto positivo do roteiro do filme (não li o livro). Ele não tenta dar lição de moral crucificando o fato que Gabby não sabe o que quer.
A primeira parte do filme, com todo o início do romance, a forma como os dois vão se apaixonando aos poucos, até o momento de decisão, é perfeito. Mas, como fomos avisados logo na primeira cena, que nos dá uma pista do que acontece 7 anos depois, vai ter uma desgraça. Não seria um romance de Nicholas Sparks, se não fosse assim. E aí a narrativa cai de rendimento, mostrando como Travis deverá fazer a escolha certa, seguindo sua intuição.
É claro que um problema do filme também é Benjamin Walker, que faz bem um Travis inicial pronto para se apaixonar. Mas depois que a coisa descamba para a desgraça, não convence ( como já acontecia em seu filme anterior, No Coração do Mar). Como Gabby está Teresa Palmer, que é boa atriz e foi recentemente desperdiçada em Caçadores de Emoção: Além do Limite. Já o elenco de apoio tem bons momentos com Maggie Grace (Busca Implacável) como a irmã compreensiva, Tom Wilkinson como o pai de Travis, e, é claro, Tom Welling (ai, ai). Uma curiosidade: Tom foi chamado para fazer o papel somente depois que Scott Eastwood deixou a produção para entrar em outra adaptação de um filme de Sparks, Uma Longa Jornada. Sorte nossa! Ah, e tem os cães! Tão lindos!!!
No final, o filme não me fez chorar, mas me deixou triste porque eu gostei muito da primeira parte, e fiquei tão decepcionada com a segunda… Pena!