Os filmes baseados nos livro de Stieg Larsson, mostraram ao mundo a anti-heroína Lisbeth Salander. Foram três filmes suecos, com Noomi Rapace no papel principal, e um americano, com Rooney Mara. Agora, essa nova aventura de Lisbeth, Millenium: A Garota na Teia de Aranha, que chegou hoje aos cinemas, tem várias diferenças. A primeira é que é baseada não num livro de Larsson, mas sim de David Lagercrantz, contratado pela família para dar continuidade às histórias da saga Millenium. Também há uma nova intérprete para Lisbeth, Claire Foy. Ela demonstra mais uma vez que é uma camaleoa, depois de papeis tão diversos como The Crown e O Primeiro Homem.
O filme já começa diferente, apresentando Lisbeth como uma vingadora com jeito de Batman. Mas a história principal mostra Lisbeth sendo contratada para recuperar um programa de computador chamado Firefall. Este dará ao usuário acesso ao imenso arsenal bélico mundial. O programa foi criado por Frans Balder (Stephen Merchant) para o governo dos Estados Unidos, mas agora eles quer que Lisbeth o recupere para que ele possa deletá-lo por considerar perigoso demais. Conseguir o programa é a parte mais fácil para uma hacker tão famosa como Lisbeth. O problema é que depois ela terá que enfrentar a máfia russa, agentes do governo corruptos (sempre eles), e também fantasmas do seu passado.
Eu confesso que não sou grande fã dos filmes anteriores baseados nas obras de Larsson. Provavelmente porque acho as duas atrizes anteriores, Noomi Rapace e Rooney Mara muito fracas. Mas aqui, com Claire Foy, Lisbeth Salander finalmente ganha uma intérprete de respeito. É possível ver em seu rosto toda a dualidade com relação à mais diversas situações, seja na forma como lida com seu trabalho , com as pessoas, e mesmo no seu relacionamento com o jornalista Mikael Blomkvist (Sverrir Gudnason , de Borg vs. McEnroe). Aliás, como é bonito e charmoso, hein?
O diretor Fede Alvarez, que fez o ótimo O Homem nas Trevas, consegue dar ritmo num filme visualmente bonito e eficiente. Gosto muito da opção da quase falta de cores na fotografia, o que dá mais destaque ao visual da grande vilã. Ou seja, no final, A Garota na Teia de Aranha é um filme bem diferente dos demais da série Millenium. E, por isso mesmo, me agradou muito!