O cinema já mostrou grandes filmes sobre a segunda guerra. O Resgate do Soldado Ryan, A Ponte do Rio Kwai, U-571 – A Batalha do Atlântico. Até em 2006, Clint Eastwood dirigiu dois belos exemplos: A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima. Muito se falou quando Brad Pitt resolveu produzir e estrelar Corações de Ferro, que estreia este fim de semana nos cinemas. Inclusive todos esperavam que fosse um possível indicado ao Oscar. Não conseguiu, nem para prêmios técnicos. E nas bilheterias acabou não rendendo o esperado – custou 68 e rendeu 85 milhões nos Estados Unidos.
Mas para aqueles que gostam de filmes do gênero, ele é uma boa opção. Quase no final da Segunda Guerra Mundial, um grupo de soldados chefiado pelo sargento Collier (Brad Pitt) invade as linhas inimigas na Alemanha com um tanque chamado Fury (título original do filme). Eles têm que então enfrentar soldados nazistas que não tem nada a perder.
Além de Brad, o grupo é composto por Michael Peña, Shia LaBeouf, Jon Bernthal (de The Walking Dead) e até o próprio Percy Jackson, Logan Lerman. Todas estão muito bem em seus papéis, especialmente (por incrível que pareça) Shia. Aliás, ele manteve-se fiel à sua fama. Não tomou banho durante as filmagens(!!), arrancou um de seus dentes e se cortava no rosto cada vez que julgava necessário dar mais veracidade a uma cena.
No final, o filme é correto, bem dirigido por David Ayer, especialista em filmes de ação, como Sabotagem, com Arnold Schwarzenegger, e que vai rodar Esquadrão Suicida para a DC Comics. O problema é que este aqui se parece com outros vários que já foram produzidos sobre a II Guerra. O novato sensível que tem que provar que pode fazer parte do time, o chefe durão mas que também prova que é sensível, uma missão final e impossível mas que mantém todos juntos… E outros tantos lugares- comum que já vimos em diversas sessões de cinema. Mas se você gosta desse tipo de filme (e não se importa com isso), vá em frente e assista Corações de Ferro.
Eliane Munhoz