O boca a boca contra foi grande nos Estados Unidos. Tanto que o filme ficou bem abaixo do esperado nas bilheterias americanas quando estreou na semana passada. Algumas das razões eram que era muito diferente do original, se perdia muito tempo com a história da família, que não havia um vilão para odiar. Tudo isso é bobagem! Eu assisti os filmes da franquia na época (anos 80/90) e confesso que me lembro de pouca coisa. Mas lembro da paixão das pessoas quando Robocop 2 foi lançado em VHS (eu sei que isso entrega a idade mas…) e foi o mais vendido da época. Só que isso já faz mais de 20 anos. Por isso quando li que José Padilha, diretor de Tropa de Elite, seria o responsável pelo reboot da história, achei que ele poderia fazer um bom trabalho. E não me decepcionei!
O filme, que estreia este fim de semana nos cinemas, acompanha a história de Alex Murphy (Joel Kinnaman, da série The Killing). Ao investigar uma quadrilha, ele é vítima de uma explosão provocada. Muito ferido, ele acaba se tornando a cobaia de um novo experimento da Omnicorp, empresa liderada por Raymond Sellars (Michael Keaton). O médico Dr. Dennet Norton (Gary Oldman) o transforma no Robocop. Meio homem (melhor dizer 2/10), meio robô. O problema começa quando Murphy quer retornar a sua família e encontrar o responsável por seu “acidente”.
As cenas de ação são espetaculares. A câmera nervosa no início irrita um pouco. Mas depois entra nos eixos. O elenco está bem. Joel Kinnaman ( num papel onde foram considerados Michael Fassbender e Russel Crowe – urgh) segura bem em seu papel de Murphy/Robocop, que pode transportá-lo a um novo nível de carreira. Já Samuel L. Jackson está ótimo como o âncora de TV, manipulador como tantos que conhecemos. Suas interferências durante a história são brilhantes, inclusive a final.
É muito provável que o filme faça sucesso no Brasil, especialmente pelo envolvimento de Padilha e também pelo tipo de filme. Espero que sim. Ele vale a pena!