Por mais que tenha assistido inúmeras aventuras de super-heróis, nada havia me preparado para Deadpool. Desde os primeiros minutos, o filme “tira sarro” de tudo, de todos (até mesmo de seu astro, Ryan Reynolds, e de Lanterna Verde). Não importa se é Marvel, DC, X-Men, Wolverine, nem os créditos iniciais se salvam da ironia. Tem brilhantes tiradas, é lotado de palavrões e, bem, as cenas da maratona de sexo de Deadpool e sua namorada que é prostituta(a brasileira Morena Baccarin) são as mais quentes que já vi no gênero. O filme recebeu a classificação indicativa para maiores de 16 anos (houve um momento em que se achou que poderia até ser 18). Portanto, não é o tipo de filme para levar criança com o bonequinho do Homem-Aranha, tá?
Depois de tudo isso, só posso dizer que o filme é o MÁXIMO (para não falar outra coisa, mais condizente com os diálogos do filme. Rs.)!!! Fazia séculos que não ria tanto, e não via um roteiro que trata as referências com inteligência e bom humor, além de incríveis cenas de ação. É preciso elogiar e muito o talento do diretor Tim Miller, que faz aqui o seu primeiro longa-metragem!!
Eu pouco conhecia o personagem Deadpool. Não li os quadrinhos da Marvel e só me lembrava da participação do próprio Ryan Reynolds em X-Men Origens: Wolverine, onde ele estava muuuuito diferente do que pode ser visto nessa estreia nos cinemas nesta quinta-feira (11). Aqui, o filme conta a história de Wade Wilson, ex-membro das Forças Especiais que se tornou mercenário. Após ser diagnosticado com uma doença mortal, Wade resolve tentar um tratamento experimental, comandado por um vilão chamado Ajax (Ed Skrein), que acaba curando-o, mas também o deixa muito diferente do que era. Com novas habilidades, e um senso de humor, digamos bem esquisito, ele transforma em seu objetivo destruir o homem que quase o matou. Nem que para isso tenha que enfrentar alguns X-Men, e se distanciar da mulher de sua vida, Vanessa. Tudo isso ao som de uma trilha sonora perfeita, com o personagem falando com a audiência, tornando-a cúmplice de suas aventuras e maluquices!
Além da surpresa com o filme, houve também a surpresa no que se refere a Ryan Reynolds. O mocinho bonito (e muitas vezes sem sal), está o mais diferente possível de tudo o que já vimos antes. E, com certeza salvou sua carreira, que andava meio sem rumo. Ele faz piada com sua própria fama e beleza. Me conquistou! E, pela primeira vez, eu vi aplausos no meio do filme em uma sessão para a imprensa (sempre tão crítica). E conversando depois, foi a primeira vez que vi especialistas em quadrinhos e críticos de cinema, juntos e concordando que o filme é ótimo. Realmente uma cena inédita! Rs!
E um aviso. Já que você não pode perder nem um minuto de Deadpool, não saia antes do final de todos os créditos. Tem uma homenagem incrível para um de meus filmes favoritos, um clássico de sessão da tarde, que, com certeza, vai fazer você sair do cinema com um sorriso enorme no rosto.