O Protetor, de 2014, não é um filme fácil. Mostra Denzel Washington como um vingador que tenta livrar uma jovem da máfia russa. Tem cenas extremamente violentas e requintes de sadismo e crueldade. Mas tem Denzel, o que é sempre um fator que vale um ingresso de cinema. O filme teve uma carreira razoável, fazendo pouco mais de 200 milhões de dólares em todo o mundo. De qualquer maneira, foi o suficiente para garantir uma sequência. E ainda convencer tanto Denzel como seu parceiro em alguns filmes, Antoine Fuqua, a aceitar fazer a primeira continuação da carreira de ambos.
Agora, a gente fica sabendo um pouco mais sobre o protetor, Robert McCall (Denzel). Ele continua a defender os fracos e oprimidos que aparecem em sua vizinhança. Logo na primeira cena do filme, ele está num trem na fronteira da Turquia, e logo vai dar cabo de um monte de caras maus, em menos de seus 30 segundos, sempre cronometrados. A partir daí o filme ainda mostra outros momentos de vinganças, que não tem a ver com as duas histórias principais. A primeira é ajudar um jovem artista que mora em seu prédio, deixando-o longe de uma gangue local. A outra é a investigação sobre quem teria matado a sua melhor, e praticamente única, amiga.
As cenas não são tão incômodas como as do primeiro filme. Sim, é claro que tem violência, as cenas do ataque no hotel não dão um segundo de descanso. Mas eu achei mais fácil de digerir do que o anterior. É claro que ele tem probleminhas. A resolução é óbvia, Bill Pullman some no meio do filme. É mais longo do que deveria – daria para dar uma enxugada de pelo menos uns 15 minutos – , a impressão que fica é que quiseram contar histórias demais. O final, no meio do furacão, na cidade de praia, parece que foi adicionado, sem estar no plano inicial. Mas de qualquer forma, o filme acaba prendendo a atenção. É claro que isso se deve a Denzel, sempre ótimo, sempre interessante. Não importa que tipo de papel, ou tipo de filme, ele sempre vale a pena.
Mas, se você é uma pessoa que se incomoda com histórias de gente que faz justiça com as própria mãos, é melhor ir ver outro filme.