O cinema sempre teve uma grande paixão pelo boxe. Vários filmes e atores foram premiados desde os primórdios. Já em 1932, Wallace Berry ganhou o Oscar de melhor ator pela primeira versão de O Campeão, enquanto William Holden se tornou um astro graças a Conflito de Duas Almas, de 1939. E com o passar dos anos, isso não mudou. Como esquecer que em 1977, Rocky, O Lutador conseguiu tirar o Oscar de melhor filme de produções muito superiores como Rede de Intrigas, Taxi Driver e Todos os Homens do Presidente. Mas Rocky está aí até hoje, portanto alguma coisa acertada houve nessa escolha. Rsrs!
De qualquer maneira, num momento em que o cinema brasileiro homenageia seu ídolo maior no esporte, Eder Jofre, no filme 10 segundos para Vencer, e o trailer de mais um Rocky – Creed 2 – chega ao público, achei que seria uma boa atitude falar sobre 10 filmes de boxe que me marcaram. Eles estão aqui:
Rocky, o Lutador foi o vencedor de melhor filme e roteiro em 1977. Transformou Sylvester Stallone em astro, e deu início a uma franquia com sete filmes, que já rendeu até hoje mais de um bilhão e 800 somente nos Estados Unidos (com a inflação ajustada). A história você já sabe: um boxeador zé-ninguém tem a oportunidade de lutar contra um campeão, e com isso, ganhar seu auto-respeito.
Touro Indomável tem provavelmente a melhor interpretação de Robert DeNiro como o real Jake La Motta. Ele se tornou um campeão dos ringues mas a violência que tinha dentro dele mesmo acabou destruindo sua vida pessoal. Dirigido por Martin Scorcese, concorreu a 8 Oscars. Ganhou dois, de ator para DeNiro e de montagem.
Eu acho que Nocaute é um dos melhores, senão o melhor, filme de boxe que já vi. Mas foi um fracasso e não conseguiu dar uma indicação ao Oscar para Jake Gyllenhaal (aliás, um dos atores mais injustiçados da atualidade) como um lutador que tenta reconquistar sua filha e retomar sua carreira. Mas a direção de Antoine Fuqua é incrível, especialmente durante as cenas de luta. Acho brilhante!
Menina de Ouro, dirigido por Clint Eastwood, ganhou vários Oscars: filme, direção, atriz (Hillary Swank) e ator coadjuvante (Morgan Freeman). Hillary está excepcional no filme como uma jovem determinada a ser treinada para se tornar uma profissional. As cenas de luta são brutais, e o final… é impossível não se emocionar.
Para quem acompanha filmes sobre o tema, ver uma luta entre os dois mais famosos boxeadores do cinema, é uma experiência incrível. Ajuste de Contas é isso. Robert DeNiro e Sylvester Stallone eram amigos no passado só que depois de um determinado fato, passaram a se odiar. E agora tem que se enfrentar numa última luta, que vira um acontecimento da mídia. Com um pouco de comédia e algum drama, o filme é bem legal!!
Hurricane, o Furacão é uma outra biografia de um personagem real. Ele é Rubin “Hurricane” Carter, um boxeador que foi acusado de um crime que não cometeu. Ele tenta provar sua inocência nos tribunais com a ajuda de uns poucos amigos que acreditam nele. Denzel Washington, no papel principal, ganhou o Globo de Ouro e foi indicado ao Oscar. Perdeu injustamente. A direção é de Norman Jewinson.
Foi um grande desafio para Will Smith fazer o maior boxeador de todos os tempos, Muhammad Ali, em Ali, de 2001. O filme mostra os grandes momentos de sua carreira entre 1964 e 1974. Ele concorreu ao Oscar e ao Globo de Ouro. Diz a lenda que Will já havia recusado o papel quando recebeu um telefonema do próprio Ali pedindo que aceitasse, porque era o único tão bonito quanto ele que poderia interpretá-lo.
Marcado pela Sarjeta é outro dos clássicos do cinema de boxe. Produzido em 1956, mostrou que Paul Newman, além de ser lindo , podia ser uma grande ator dramático. Ele só ganhou o papel pois James Dean que estava escalado, morreu de acidente de carro. Com direção de Robert Wise, mostra a vida de outro boxeador famoso, Rocky Graziano, desde sua infância até a conquista do campeonato mundial
Na época de seu lançamento em 1979, era impossível sair dos cinemas sem o rosto inchado após assistir O Campeão. O filme é uma refilmagem do sucesso de 1932 que deu o Oscar a Wallace Berry. Aqui Jon Voight é um pugilista que vive com seu filho pequeno (o mais que adorável Ricky Schroeder), mas enfrenta sua grande batalha quando sua ex-mulher (Faye Dunaway) reaparece querendo levar o filho embora.
Diz a lenda que Miles Teller recusou fazer La La Land para filmar Sangue de Glória. Deve se arrepender até hoje! Mas o filme, que foi um fracasso, é bem feito e mantém a atenção. Também é uma história real, sobre o lutador Vinny Pazienza, que depois de um acidente de carro, que o deixou sem saber se poderia voltar a andar, fez um dos mais impressionantes retornos da história.