Ela é linda, é ótima atriz, vencedora dos Oscar, e ainda não deixa nada a dever a homem algum na hora das cenas de luta. Charlize Theron arrasa sempre, seja qual for o filme. Não é diferente em Atômica, que estreia esta semana nos cinemas. Baseado na graphic novel The Coldest City, Charlize, que também é produtora, demorou cinco anos para viabilizar a produção. E prepare-se, o filme é hiper-violento, super estilizado, com lutas das mais violentas (Charlize quebrou dois dentes durante as filmagens), e ideal para quem gosta de filmes de espionagem.
É claro que o filme tem uma leve “barriga” até engatar na complicada trama sobre uma agente secreta, Lorraine Broughton, que tem que ir para Berlim na época da queda do muro, em 1989, para recuperar uma lista de agentes duplos, e ainda investigar a morte de um colega. Para ajudá-la na quase impossível missão, é designado David Percival, mais um dos personagens dúbios feitos por James McAvoy. Toda a sua aventura é contada em flashback, quando ela é interrogada por seus chefes depois de voltar à Londres. Mas em quem ela pode confiar?
A história é cheia de reviravoltas e muita gente pode perder um acontecimentos se ficar distraída. Talvez isso seja um problema. Entretanto, a maioria vai ficar fascinada com as mais diversas cenas de ação, com o uso da trilha sonora da época, e alguns podem gostar mais ainda das cenas quentes entre Charlize e Sofia Boutella (A Múmia, Kingsman: Agente Secreto). O grande destaque, entretanto, é a cena que sem cortes (ou com cortes imperceptíveis) da luta que passa por diversos cômodos durante quase oito minutos, onde Charlize destrói vários inimigos que estão tentando matá-la e ao homem que ela protege. A luta é filmada de forma tão real que você realmente acredita que aqueles pobre dublês devem ter passado mal depois de enfrentar essa poderosa. Afinal, ela chegou a treinar com oito personal trainers para alcançar a forma física necessária para enfrentar essas cenas. Até seu amigo Keanu Reeves – lembra que eles fizeram juntos dois filmes? – também entrou na roda, já que ele também tinha que se preparar para John Wick 2.
Além de tudo isso, ela usa um figurino simplesmente deslumbrante, que pouco tem a ver com os bregas anos 80. A minha pergunta é como ela conseguiu que todos aqueles casacos maravilhosos coubessem na malinha com a qual ela chegou em Berlim? Curiosidade feminina! Rs!
Uma coisa é certa! Com Lorraine Broughton por perto, quem precisa de James Bond?