Todas as semanas quando faço as críticas de filmes e séries, sempre tento achar algo positivo, mesmo quando não gosto do filme. Entretanto essa semana foi difícil com duas estreias de cinema, O Convento e Capitu e o Capítulo. Os dois são ruins, contam histórias que levam a nada. Foi extremamente difícil manter a concentração na história. Ou seja, conselho de amiga, não gaste seu dinheiro com os dois no cinema. Se mesmo assim , tiver uma grande curiosidade, deixe para ver no streaming, onde pode parar a qualquer momento.
O Convento
No filme, Grace (Jena Malone) é uma jovem e doce oftalmologista. Um dia, ela é chamada para ir até um remoto convento na Escócia após o suposto suicídio de seu irmão, que era um padre. Desconfiando do relato da Igreja, Grace inicia uma investigação para tentar descobrir o que realmente aconteceu com a ajuda do padre Romero (Danny Huston), do Vaticano. Ao mesmo tempo em que ela explora o local, Grace se vê em meio a uma grande trama de assassinato e sacrilégio. E acaba sendo obrigada a encarar uma verdade perturbadora sobre seu próprio passado. Isso implica em trazer à tona alguns traumas que ela acreditava estarem há muito tempo enterrados.
A grande verdade é que, apesar de ser “vendido” como terror, ele não provoca susto algum. É mais um suspense de mistério bem confuso, que não tem um real vilão. Tem uma boa atmosfera, bons atores (inclusive o retorno de Janet Suzman, indicada ao Oscar por Nicholas e Alexandra). A cena inicial até que é interessante, mas depois o filme se perde totalmente, com idas e vindas. E ainda tem um final que parece “jogado”, ou seja, não sabemos como terminar o filme, então vamos fazer assim… Rsrs. Perda de tempo.
Capitu e o Capítulo
Uma grande falha de minha experiência como cinéfila e crítica é que nunca havia visto um filme de Julio Bressane. Por esse motivo, fiz questão de assistir Capitu e o Capítulo. A ideia de uma adaptação livre do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, mais o bom elenco (Vladimir Brichta, Mariana Ximenes e Enrique Diaz) me atraíam também. Então fui, mesmo com o conselho de um amigo, conhecedor da obra de Bressane, a não ir, não perder meu tempo. Lição aprendida: a gente deve sempre ouvir quem tem mais conhecimento sobre um determinado assunto do que nós.
O filme se divide em duas linhas do tempo. Numa delas temos Chico Diaz como narrador, dando aulas sobre literatura brasileira. É a melhor parte, mesmo que não faça muito sentido. Na outra, há uma tentativa de contar a história de Capitu e Bentinho. Dá vergonha alheia da situação de atores tão bons como Vladimir Brichta (inesquecível em Bingo) e Mariana Ximenes tem que passar. O pobre Vladimir praticamente não tem nenhum close pra chamar de seu.
Com isso, os 75 minutos de duração parecem se transformar em 175. Talvez a profundidade de Bressane seja demais para mim, mas confesso que achei que Capitu e o Capítulo é um sério candidato ao título de pior filme do ano.