Mais de dois anos depois, a segunda parte de Duna chega aos cinemas nessa quinta. Duna : Parte 2 é mais grandioso, e tem mais gente famosa. A história também é mais envolvente, e deixa a porta escancarada para mais uma sequência. A história começa imediatamente depois dos acontecimentos do final do primeiro filme, logo após a morte de Jamis (Babs Olusanmokun) por Paul (Timothée Chalamet).
Em Duna: Parte 2, Paul se une a Chani (Zendaya) e aos Fremen enquanto busca vingança contra os conspiradores que destruíram sua família. Uma jornada espiritual, mística e marcial se inicia. Ele pretende se tornar Muad’Dib, enquanto tenta prevenir o futuro horrível, mas inevitável, que ele testemunhou. Paul então vê uma Guerra Santa em seu nome, espalhando-se por todo o universo conhecido. Só que ele terá que fazer uma escolha entre o amor de sua vida e o destino do universo. E terá ainda que evitar um futuro terrível que só ele pode prever.
O que achei?
Nessa segunda parte, a história mostra especialmente como Duna influenciou outras grandes produções do gênero como Star Wars, Gladiador e até mesmo Game of Thrones ( só lembrando que os livros foram escritos nos anos 60). Há a luta pelo poder, famílias em disputa, lutas brutas, e ainda um amor impossível. Tudo num cenário inóspito, com criaturas estranhas. E tudo tem um fundo religioso onde pessoas sem esperança buscam um salvador. Tudo com um visual espetacular num local inóspito. Rsrs, algumas lembranças vêm à mente, né?
É claro que, com suas 2h46 minutos, há momentos cansativos durante o filme. Mas em geral, ele conseguiu manter minha atenção, com suas idas e vindas, mistérios que envolvem um certa dose de feitiçaria, e até com um certo romance. E apesar de Paul ser o personagem principal, as mulheres tem um certo comando sobre os caminhos da história. Zendaya tem um grande momento (para se ter uma ideia, a cena final é dela). Rebecca Ferguson, e as novas adições de Florence Pugh e Lea Seydoux tem grandes momentos (Anya Taylor-Joy tem uma única cena). E até Charlotte Rampling tem seu momento especial.
Entre o elenco masculino, fica aqui o meu destaque para Austin Butler. Mesmo sob uma pesada maquiagem como o vilão (feito por Sting no filme dos anos 80) é assustador e sensacional. Parece um vampiro. Javier Bardem também providencia os poucos e bem-vindos momentos de humor. Está ótimo.
Duna: Parte 2 é um grande triunfo para o diretor Dennis Villeneuve. Ele conseguiu transformar uma história difícil num filme que envolve – e que dá vontade de ver a sequência (ainda não aprovada – vai depender do resultado da bilheteria).