Eu já começo a dizer que qualquer filme que tenha Dwayne Johnson e Emily Blunt já vale o seu ingresso de cinema. Adoro os dois. Eles são os astros do esperado Jungle Cruise. O filme se baseia numa das atrações dos parques da Disney (bem sem graça, devo dizer). É uma aventura cheia de efeitos especiais, que estreia nessa quinta nos cinemas. Na sexta, o filme chega ao Disney Plus através do Premier Access a um custo de 69,90 reais nesse primeiro momento. Mas já aviso que o filme tem um colorido e uma fotografia que ficam muito melhores numa tela de cinema.
A história
Tudo se passa no início do século passado. Dwayne Johnson é o malandro capitão de um navio, Frank Wolff, que leva turistas para um passeio pelo rio Amazonas. Ele é contratado pela Dra. Lily Houghton (Emily Blunt) e seu irmão McGregor (Jack Whitehall) para levá-los em uma missão pelo meio da floresta. A intenção é encontrar uma misteriosa árvore com poderes de cura que poderá mudar para sempre o futuro da medicina. No caminho, eles viverão inúmeros perigos. Enfrentarão animais selvagens e até mesmo forças sobrenaturais.
O monte de influências
Como tanto outros, Jungle Cruise deveria ter sido lançado no ano passado. Acabou sofrendo um adiamento por causa da pandemia. É óbvia a intenção da Disney com ele. Transformar esta história baseada em uma de suas atrações de parques numa franquia de sucesso. Até há várias influências de Piratas do Caribe, que seguiu o mesmo caminho. Mas não é a única. É fácil perceber que os roteiristas pegaram várias aventuras de sucesso e misturaram tudo num roteiro que é “meio Frankenstein”, rsrs.
A primeira é Uma Aventura na África, o clássico dos anos 50. Até a roupa de Dwayne Johnson é parecida com a de Humphrey Bogart. Mas há também O Curandeiro da Selva, com Sean Connery, Tudo por uma Esmeralda, que eu adoro, com Michael Douglas e Kathleen Turner. E ainda todos os filmes de Indiana Jones. O general alemão, feito por Jesse Plemons lembra os diversos nazistas da história. Isso sem esquecer o local de uma tribo no meio da floresta que me trouxe muitas memórias do final de O Retorno de Jedi. Só faltou aparecer um ewok, rsrs.
Mas talvez a maior influência é de A Múmia, do final dos anos 90. Até o papel do irmão feito – muito bem – por Jack Whitehall parece uma cópia do interpretado por John Hannah nos filmes estrelados por Brendan Fraser. Com todas essas influências, é claro que o roteiro é um tanto confuso. E, por vezes, as duas horas e sete minutos de duração parecem um tanto longas.
E, no final…
Mas o filme tem bons momentos. Dwayne e Emily são ótimos juntos, apesar de que não consegui enxergar neles o grande amor que o filme tenta “vender”. Jack Whitehall também tem várias cenas divertidas. A personagem de Emily é ótima, e briga de igual para igual com todo mundo. O problema do filme acaba sendo quando a história se afasta da dinâmica desses três. Ou quatro – não podemos esquecer a onça Próxima, que é fofa demais! Jesse Plemons está muito bem como o vilão, mas poderia ter menos cenas. Edgar Ramirez e Paul Giamatti não têm grandes chances.
Outra diversão do filme é ver os atores tentando falar português com um sotaque carregadíssimo. E ainda Rio Branco com cara de Caribe, rs. Sem esquecer um submarino alemão no meio do Rio Amazonas. Essas piadas não intencionais são as melhores! Mas, de qualquer maneira, vale conhecer Jungle Cruise. Como disse logo no início, Dwayne Johnson e Emily Blunt sempre valem o ingresso.