Eu costumo dizer que Dwayne Johnson é o ator que mais trabalha em Hollywood. Só para se ter uma ideia, só neste ano, ele já lançou Jumanji: Bem-Vindo à Selva, Rampage: Destruição Total e agora estreia essa semana nos cinemas Arranha-Céu: Coragem sem Limite (isso sem contar a nova temporada da série Ballers, que chega à HBO em 12 de agosto). Ufa! Em Arranha-Céu…, assim como nos anteriores, ele pula, corre, salta, e passa o diabo para atingir seu objetivo. E, como sempre, a gente se diverte com ele.
O filme conta a história de um ex-agente do FBI, Will Sawyer (Dwayne). Depois de uma missão que teve um desfecho trágico, ele agora ganha a vida como especialista de segurança de prédios. Numa reunião em Hong Kong para analisar o prédio mais alto e mais seguro do mundo, ele se vê no meio de um incêndio criminoso. E o pior, sua mulher e filhos também estão no prédio, acima do andar incendiado.
Bem, aqui já vai um aviso, se você procura algo com algum traço de realismo, esqueça. Não é esse tipo de filme. Aqui Dwayne sobe 100 andares (ou algo equivalente) em uma estrutura de metal, pula de uma distância de 40 metros – com uma perna mecânica – , tem com certeza os dedos mais fortes da história, e ainda consegue andar pelo lado de fora do prédio somente com uma corda e uma fita adesiva. Portanto, lembre do ônibus pulando em Velocidade Máxima. Esse é o tipo de situação que há em Arranha-Céu, e se você conseguir embarcar, vai se divertir.
Uma das claras missões do filme é ter um apelo para o super importante mercado chinês. Por isso, o prédio fica em Hong Kong (mas foi filmado no Canadá), e tem vários atores orientais, que inclusive falam em chinês em algumas cenas. Com certeza, fará muito dinheiro por lá também. Afinal, ele é um filho direto e híbrido de Inferno na Torre e principalmente Duro de Matar. Aliás, você chegou a ver um dos cartazes? Dizem que foi uma brincadeira, uma homenagem… Tá bom, então!
Dwayne Johnson é obviamente um herdeiro direto de Arnold, Stallone e Bruce Willis. Um cara legal, mas cheio de músculos, que consegue salvar o mundo, a família, a cidade, o prédio. Tem carisma e funciona – eu acho que ele é o máximo. Mas gostei de uma coisa especialmente no filme. A esposa, vivida por Neve Campbell, de O Quinteto, aqui não é definitivamente uma donzela em perigo. Sabe lutar, se defender, e ainda tem sua parcela no salvamento de todos. Sinal dos tempos!