Nos tempos recentes, vários realities de música alcançaram um enorme sucesso. The Voice, American Idol, The X Factor, American’s Got Talent. Neles, pessoas desconhecidas buscam a grande chance de conseguir se sobressair no mundo da música. Esse também é o princípio de Espírito Jovem, que estreou essa semana nos cinemas, com Elle Fanning no papel principal. Não é um filme fácil, cor de rosa, onde tudo se encaixa perfeitamente para a protagonista ter uma vida de luxo e riqueza. Aqui, as coisas são um pouco mais complicadas.
Violet é uma adolescente tímida que fora numa pequena ilha da Inglaterra. Ela vive sozinha com a mãe, trabalha muito e canta ocasionalmente em um bar onde é garçonete. Quando uma etapa do reality Espírito Jovem chega à cidade, ela resolve se inscrever com a ajuda de um improvável mentor. Conforme as etapas vão passando , Violet vai vivendo momentos que vão testar sua integridade, talento e ambição.
O diretor e o filme
O filme, que tem os mesmos produtores de La La Land, é a estreia de Max Minghela como diretor. Filho do premiado Anthony Minghela, Max já era conhecido como ator, de séries como Projeto Mindy e The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia). Nessa última, ele faz o papel de Nick Blaine. Foi Max também que escreveu o roteiro de Espírito Jovem. E resolveu contar uma história que a gente viu milhares de vezes, desde os anos 30, com Rua 42, até Flashdance, Nasce uma Estrela e a série Glee. Só que ele conseguiu dar uma roupagem nova, mais dramática, que funciona para quem gosta do gênero. Entretanto, como eu já disse antes, o filme não é fácil, nem para todos os públicos. Nos Estados Unidos ficou restrito a festivais (estreou em Toronto), e teve um daqueles “lançamentos secretos” nos cinemas.
Mas eu gostei do clima, da fotografia, da maneira como o roteiro se desenrola. Afinal, adoro essas histórias sobre gente talentosa que finalmente consegue o reconhecimento. Meu coração é eternamente adolescente, rs. Também gostei dos personagens. Nenhum deles é certinho. Todos convivem com vários conflitos e fraquezas, o que faz com que suas conquistas sejam ainda mais importantes. A química entre o ator croata Zlatki Buric (dos três filmes dinamarqueses da franquia Pusher) e Elle Fanning é improvável e ótima. Aliás, Elle , que parece que filma sem parar, está ótima. Ela deixa claro seus medos, sua timidez, e sua força interior. E ainda, como canta! Quem suspeitaria que ela, além de ser boa atriz, ainda cantaria daquele jeito? Dá até vontade de ver o filme novamente.
Fotos de divulgação