A história de um filme de Shang-Chi vem rondando Hollywood há muito tempo. Por exemplo, nos anos 80, Stan Lee queria fazer uma série sobre o personagem com Brandon Lee no papel principal. Depois, no início dos anos 2000, Ang Lee iria produzir um filme, mas o fracasso de Hulk acabou ficando no caminho. E só agora, em 2021, com um elenco praticamente todo de origem asiática, o filme chega aos cinemas. Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis vai estrear nessa quinta.
O filme começa contando a história dos dez anéis do título. São artefatos que dão um enorme poder a quem os carrega. Eles estão em poder de um homem chamado Xu Wenwu há muito, muito tempo. O filme conta essa história. Depois segue para San Francisco, onde seu filho, Shaun (o Shang-Chi do título) vive uma vida comum, ao lado de sua amiga, Katy (a sempre divertida Awkwafina). Mas, um dia, lutadores aparecem para levar um objeto que a mãe de Shang-Chi deu a ele. É quando ele decide que tem que voltar ao Oriente, para ir em busca de sua irmã e enfrentar seu pai. Além , é claro, de ter que salvar o mundo, pois isso é básico em filmes da Marvel, rs.
A crítica
O filme foi um daqueles que teve a produção interrompida por causa da pandemia. Foi também um dos primeiros a retornar à produção. A maior parte de suas cenas foi gravada na Austrália e Nova Zelândia. É um bom filme, tem uma grande influência do cinema asiático. Conta uma história de um passado onde a magia e a violência tem papel importante. E combina isso com o jeito Marvel de ser. Rsrs. Ou seja, junta o antigo com o moderno.
Entretanto, no meu ponto de vista, esse balanceamento de passado e presente acaba ultrapassando um pouco o ideal. Com suas 2h12, acaba sendo um pouco longo demais. Talvez se reduzisse um pouco os flashbacks, a história poderia ser contada de modo mais “redondinho”. Isso não impede que o filme tenha ótimas sequências.
A do ônibus, que está no trailer, e mostra o começo da nova saga de Shang-Chi é ótima. Há uma outra em Hong Kong, no alto de um edifício, que chega a dar desespero. Há um dragão na história. E apesar de ser um momento dramático, não consegui deixar de lembrar de Sisu, do desenho de Raya e o Último Dragão. Rsrs, só lembrando que ela era dublada também por Awkwafina. Repare quando for assistir!
O elenco
Simu Liu tem aqui sua grande chance no cinema. Ele só tinha feito papéis de coadjuvante. Lembra da série Taken? Não é um Henry Golding em termos de beleza, mas se sai bem. Awkwafina é sempre ótima. E o filme ainda tem a participação do famoso ator de Hong Kong, Tony Leung. Como o pai de Shang-Chi, ele traz uma coisa meio Darth Vader, meio Guerra nas Estrelas. Funciona bem! Outra veterana sempre ótima é Michelle Yeoh. Adoro! E ela tem uma cena de luta com Simu Liu que é muito boa. Impossível não lembrar de O Tigre e O Dragão!
E no final…
E, além de tudo isso, ainda há as diversas referências ao Universo Marvel. Há também duas participações especiais de caras conhecidas. Uma delas é surpreendente, e muito divertida – #semspoilers. E, como sempre, #ficaadica. Não saia correndo do cinema. Há duas cenas pós-créditos. A segunda é uma delícia! E se prepare, ao final o letreiro avisa que Shang-Chi voltará!