Há muitos anos atrás, tive a oportunidade de lançar um filme feito para a TV em vídeo chamado Morte no Evereste. Baseado no livro de Jon Krakauer, No Ar Rarefeito, era estrelado por Peter Horton e o recente vencedor do Emmy, Richard Jenkins. Era um bom filme. Mas nada próximo da superprodução cheia de grandes nomes de Hollywood, Evereste, que estreia hoje nos cinemas brasileiros e na sexta nos americanos.
A história, baseada num fato real, é basicamente a mesma. Só que no caso de Evereste, foram usados outros livros também como fonte, além de entrevistas com pessoas envolvidas. Após chegarem ao topo do Monte Everest, um grupo de alpinistas tem que enfrentar uma terrível tempestade. Até 2014, este era conhecido como o pior desastre ocorrido na região. Foi quando, na época das filmagens, uma tempestade ainda pior acabou provocando 16 mortes, um recorde até hoje. Ninguém do elenco se feriu.
Meu maior problema com esse tipo de história é não entender o que leva uma pessoa a passar por situações de tanto perigo, com tantas privações, para simplesmente chegar no topo de uma montanha. Mas para quem tem o fascínio pela adrenalina e pela a aventura, deve ser facilmente explicável. Estes, mais do que quaisquer outros, ficarão fascinados pela determinação dos personagens e, principalmente pelo visual do filme. Aliás, se possível, veja o filme em uma tela IMAX, isso com certeza vai deixar a experiência ainda mais chocante.
No papel principal, que seria de Christian Bale, está Jason Clarke, que fez o último Planeta dos Macacos bem como o último Exterminador do Futuro. Ele se sai bem, criando um personagem que passa confiança e bondade, junto ao elenco cheio de astros: Jake Gyllenhaal, Keira Knightley, Robin Wright, Josh Brolin, Emily Watson, Sam Worthington, além de Martin Henderson, que vai entrar no elenco de Grey´s Anatomy nessa temporada. O mais difícil para o diretor Baltasar Kormákur (de Dose Dupla, com Denzel Washington) deve ter sido achar soluções para que os famosos ficassem reconhecíveis durante as cenas de nevasca, já que com o uso das máscaras de proteção contra o frio, todo mundo ficava meio parecido.
Mas a grande atração é mesmo o visual das montanhas geladas. É de ficar de queixo caído e já vale o ingresso do filme.