O MTV Movie Awards vai acontecer no próximo dia 12 de abril. Mas já se sabe que Robert Downey Jr. será premiado. Ele receberá o MTV Generation Award. Esse prêmio homenageia os atores que conquistaram a audiência da MTV com “um talento incrível” durante sua carreira.
Mas o mais legal é que seus amigos Vingadores serão os responsáveis por entregar o prêmio. Chris Evans, Scarlett Johansson, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo e Jeremy Renner estarão lá para a homenagem. Com certeza, pode-se esperar muitas piadas no momento. A MTV americana também confirma que será apresentado um vídeo inédito de 90 minutos promovendo a estreia de Vingadores: Era de Ultron, programado para ser lançado nos cinemas brasileiros no dia 23.
Nada mais justo não é? Hoje(4), esse ator tão querido completa 50 anos. Sou até suspeita para falar dele. Sou fã mesmo. Não só por seu charme e talento, mas também por sua história de superação. Hoje ele é um dos atores mais poderosos de Hollywood e eu sempre o aplaudo de pé.
Me lembro da primeira vez que o vi. Foi na comédia romântica O Céu se Enganou (1989), com Cybill Sheppard. Como um jovem que recebe o espírito reencarnado do marido dela, ele "segura" tanto os momentos de comédia como os de romance com Mary Stuart Masterson. Muito fofo.
Lembro também de Justiça Corrupta (1989), um policial com James Woods e da aventura Air America – Loucos pelo Perigo (1990), com seu grande amigo Mel Gibson. Logo depois, ele fez o seu grande sucesso de crítica, Chaplin (1992), onde tem uma impressionante atuação. Ele inclusive concorreu ao Oscar de melhor ator.
Depois de participações em Short Cuts – Cenas da Vida (1993) e Assassinos por Natureza (1994), ele fez uma de minhas comédias românticas preferidas de todos os tempos. Só Você – Only You (1994), com Marisa Tomei. Impossível não se apaixonar pelo vendedor de sapatos Peter Wright sob o luar na romântica Positano. "Destino".
Feriados em Família (1995), dirigido por sua grande amiga Jodie Foster, e Por uma Noite Apenas (1997), com Wesley Snipes, onde tem outra fantástica atuação como um rapaz que acaba de ser diagnosticado com AIDS, são outros favoritos que ele filmou nos anos 90. Em seguida, vieram Até que a Morte nos Separe, de Robert Altman, e foi o vilão de U.S. Marshalls – Os Federais, a continuação de O Fugitivo, ambos de 1998.
Apesar de nunca ter deixado de filmar, as drogas, que sempre fizeram parte de sua vida, foram minando sua carreira. Ele então teve uma chance de ir para a TV, para fazer o interesse romântico de Ally MacBeal na série do mesmo nome. Mais uma vez, criou um personagem apaixonante, Larry Paul. Fez duas temporadas. Só que novamente as drogas atrapalharam sua vida. Depois de ser preso por porte de drogas, a Fox resolveu despedi-lo mesmo sob os protestos do produtor da série David E. Kelley .Isso inclusive alterou a história que previa um casamento entre Larry e Ally. Pena, veja o vídeo abaixo em que ele canta (com Sting!).
https://www.youtube.com/watch?v=WO_sakIdUjw
Seguiu-se um período difícil com internações, filmes ruins e fundo do poço. Mas quem tem amigos, tem tudo. O diretor Shane Black o chamou para Beijos e Tiros, assim como George Clooney o colocou em Boa Noite, Boa Sorte em 2005 .David Fincher também o trouxe para Zodíaco (2007).
Tudo isso o levou a seu "renascimento" no cinema em Homem de Ferro (2008), primeiro filme da incrível linha de super-heróis da Marvel. O diretor Jon Favreau disse na época que ele o escolheu para o papel de Tony Stark especialmente devido ao passado do astro. "Os melhores e piores momentos da vida de Robert são conhecidos pelo público. Ele teve que descobrir um balanceamento interno para ultrapassar os obstáculos que foram muito além de sua carreira. E esse é Tony Stark. Robert traz uma profundidade que vai além de um personagem dos quadrinhos que tem problemas no ginásio, ou que não consegue a garota."
Hoje, depois de três filmes próprios, às vésperas da estreia do segundo filme dos Vingadores, é impossível imaginar outro ator como Tony (Clive Owen, Hugh Jackman, Timothy Olyphant e Sam Rockwell foram considerados na época). Depois disso, sua carreira chegou a um novo patamar. Foi novamente indicado ao Oscar, dessa vez como coadjuvante por Trovão Tropical (2008) Conseguiu outra franquia de sucesso com dois filmes de Sherlock Holmes (um terceiro filme deverá ser produzido). E ainda provou novamente seu potencial dramático em O Juiz (2014).
Uma vez, ele deu uma entrevista após essa sua volta por cima. " Algumas vezes, é necessário compartimentalizar os diferentes estágios de sua evolução, tanto pessoalmente quanto objetivamente, para as pessoas que você tem que amar e tolerar. E uma dessas pessoas para mim sou eu mesmo. Eu tenho uma forte sensação de que aquele garoto problemático, o devotado ator de teatro, aquele bem sucedido cara de 20 anos um tanto niilista e andrógino e o homem de quase 30 anos com um filho pequeno, perdido, perdido em narcóticos como aspectos de coisas das quais eu não me arrependo e das quais eu fico feliz de lembrar."
Ele diz que hoje não bebe mais e não se droga. Aparentemente encontrou um porto seguro em sua mulher Susan Downey, com quem tem dois filhos. A gente agradece por poder, dessa forma, acompanhar a carreira de um ator tão especial.
alfie
5 de abril de 2015 às 9:57 pm
São poucos os escrevem sobre cinema sem reprimir a emoção. Caso de v. Eliane. Parabéns, porque com emoção o artigo é bem informativo. Eliane ,