Confesso que não esperava muito de Frankenstein – Entre Anjos e Demônios. Mas, como fã de Aaron Eckhart desde os tempos de Erin Brockovich, fui em frente. E o filme não desapontou. O clima remete aos da série Anjos da Noite, já que é dos mesmos produtores. Dark, úmido, frio, com a violência dos quadrinhos explodindo na tela. Além, é claro, do poder de estrela de Aaron Eckhart.
Até mesmo a mexida monumental na história de Frankenstein não incomoda. Aqui, após matar seu criador, a criatura se torna uma figura com superpoderes, que não envelhece. Agora chamado de Adam, várias décadas passam. Já nos dias de hoje, ele descobre que tem a chave de uma guerra entre seres sobrenaturais como anjos que se tornam gárgulas e demônios extremamente violentos, que vai definir o destino da humanidade.
No papel principal está Aaron Eckhart. Forte, bonito e com uma bela cena na qual tira a camisa. Um colírio! Ao lado dele estão bons e conhecidos atores como Bill Nighy (Anjos da Noite), Miranda Otto (O Senhor dos Anéis) e até o fraquinho Jai Courtney (Duro de Matar : um Bom Dia para Morrer). Como interesse romântico está Yvonne Strahovski, conhecida de séries como Dexter e Chuck.
O filme tem um pouco de tudo: um herói poderoso, um interesse amoroso, bons efeitos especiais e um roteiro enxuto, apesar de ter os lugares comuns normais nesse tipo de filme. Mas e daí, já que é tão divertido? Dirigido e escrito por Stuart Beattie (Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra e O Baú da Morte), é baseado nos quadrinhos de Kevin Grevioux, “ I, Frankenstein”. E, no final, deixa uma porta aberta para continuações. Vamos ver se isso vai acontecer após o primeiro fim de semana, já que a estreia no Brasil e nos Estados Unidos é simultânea.
Eliane Munhoz