Em 2018, um dos melhores filmes que vi (ficou em segundo no meu Top 10) foi Buscando. Era algo muito diferente, com suspense visto só através de telas (disponível no Telecine). Era o filme de uma brilhante estreia do diretor Aneesh Chaganty. Agora o segundo trabalho do diretor chegou na Netflix nessa sexta (2), Fuja, estrelado por Sarah Paulson. E vale a pena!
Chloe (Kiera Allen), é uma adolescente que está confinada a uma cadeira de rodas. Ela tem vários problemas de saúde, tem que tomar uma série de remédios, e é educada em casa por sua mãe, Diane (Sarah Paulson). No entanto, o comportamento estranho apresentado por esta última começa a deixar a jovem desconfiada. Especialmente quando descobre uns medicamentos estranhos em nome da mãe. A partir daí, a jovem começa a desconfiar de tudo o que Diane faz. E que algo muito mais sinistro está por trás de tudo.
A crítica
O diretor sabe muito bem construiu um suspense. E, assim como em Buscando, a audiência vai descobrindo o desenrolar da trama junto com o personagem principal em Fuja. Há várias sequências extremamente bem contruídas. Há uma, em especial, que envolve uma fuga pela janela, que é realmente especial. É como se fosse uma montanha-russa de situações aterradoras. Em diversos momentos lembra Louca Obsessão, outras Carrie, a Estranha. Há ainda uma influência clara de Hitchcock.
A gente já está acostumada com os personagens à beira de uma explosão que Sarah Paulson faz como ninguém. Aqui não é diferente. Mas Sarah não é a atriz principal. E sim a estreante em longa-metragens, Kiera Allen, que faz Chloe. A jovem enfrenta as cenas com Sarah de igual para igual. E ainda, tem várias delas, que segura sozinha toda a história . Tem vários momentos impressionantes, especialmente na já mencionada cena da fuga pela janela. É ainda mais incrível que Kiera é uma cadeirante na vida real. Uma grande descoberta de Fuja. Vale conhecer!