Eu li vários livros de Dan Brown, inclusive O Código Da Vinci, Anjos e Demônios e Inferno. Apesar de terem claramente a mesma estrutura, a mesma espinha dorsal na forma de contar uma história, gosto dos três. Acho que são interessantes, mantém a atenção do leitor e tem um personagem principal ótimo. Os três viraram filmes dirigidos por Ron Howard e estrelados por Tom Hanks. O interessante é que apesar de gostar dos três – Ron, Tom e Dan – os filmes nunca me entusiasmaram como os livros. Talvez porque as mudanças no personagem principal tenham deixado as histórias menos envolventes.
Mas de qualquer maneira, essa é minha opinião, e pelos resultados de bilheteria não faz a menor diferença, já que todos os filmes foram um grande sucesso de público. Este Inferno, que estreia hoje nos cinemas, vai pelo mesmo caminho dos anteriores. Tem sido extremamente aguardado, e deve fazer muitos milhões de dólares na bilheteria. Aliás, se você gostou dos dois primeiros, com certeza vai gostar desse. Aqui também, a estrutura do filme é a mesma. Robert Langdon é envolvido numa história que pode alterar o destino de todos. Tudo começa quando ele acorda num quarto de hospital em Florença, sem memória do que aconteceu nos últimos dias, achando que está novamente na mira de uma grande caçada. Mas com a ajuda da Dr. Sienna Brooks (a fraquinha Felicity Jones) e do seu conhecimento em simbologia, Langdon irá tentar recuperar sua liberdade e memórias perdidas, enquanto resolve um enigma intrigante que tem muito a ver com um livro bem conhecido.
O elenco é ótimo. Além de Tom, tem também o incrível Omar Sy como Bruder, Sidse Babett Knudsen (que pode também ser vista em Westworld) como – finalmente – um interesse amoroso de Langdon, Ben Foster como o arquiteto de todo o plano malévolo, Bertrand Zobrist, além de Irrfan Khan no papel de Harry Sims. Além disso, tem locações em Veneza, Florença, Istambul, Budapeste, entre outras cidades, com um grande apuro visual. Entretanto, apesar de entreter, me fez, como sempre, sair da sala de cinema com a sensação que falta alma, vida, às versões para o cinema. E aqui ainda há um agravante para os fãs do livro, já que há algumas mudanças significativas, especialmente no que diz respeito à Sienna e ao final. Mas, em minha opinião, e os muitos fãs de Felicity Jones que me perdoem, mas ela é ainda o maior problema do filme. Talvez uma atriz melhor, ou com presença mais forte pudesse ter deixado o filme mais interessante… Pena!