A história de Invencível vem de longe. Os direitos haviam sido comprados pela Universal em 1957, para ser estrelado por Tony Curtis. Depois, até Nicolas Cage chegou a ter interesse pelo projeto. Mas foi só depois que o livro de Laura Hillenbrand, Invencível – Uma História de Sobrevivência, Resistência e Redenção, se tornou um sucesso editorial, que foi dado o sinal verde. Acabou então nas mãos de Angelina Jolie, que se interessou por dirigi-lo. O resultado disso pode ser visto a partir deste fim de semana nos cinemas.
A história é de superação. Louis Zamperini, um atleta olímpico, que depois de sobreviver a um acidente aéreo no meio da segunda guerra, passou 47 dias à deriva num bote, antes de ser resgatado pelo exército japonês. Foi então enviado a um campo de concentração onde teve que enfrentar um sádico comandante.
O filme tem pontos positivos e negativos. Entre os negativos, estão as 2 horas e 17 minutos de duração. Toda a sequência do bote é extremamente longa. É claro que Angelina queria mostrar o quanto Louis era um homem que conseguia suportar todas as adversidades. Mas, no final, acabou se tornando muito cansativo. Isso sem contar as piadas na internet sobre a barba certinha dos náufragos depois de todo esse tempo num barco. Rs. Mas, pelo lado positivo, se vê uma bela produção, com um trilha envolvente, bons efeitos especiais e principalmente um ator interessante, Jack O’Connell, que consegue “segurar “ um personagem difícil, complexo, que fica o tempo inteiro na tela. Não consigo imaginar Dane DeHaan ( O Espetacular Homem-Aranha: A Ameaça de Electro), como Louis, por exemplo (ele foi finalista para o papel).
Muito se falou sobre a ausência de Angelina e seu filme nessa temporada de premiações. Na realidade, Invencível é um filme interessante, mas irregular. E não é melhor do que Garota Exemplar, O Abutre, Caminhos da Floresta e outros, que também ficaram de fora do Oscar, por exemplo.
Mas um ponto importante a ser considerado é que o filme é um sucesso de bilheteria. O público americano adora. Já rendeu mais de 100 milhões de dólares lá desde seu lançamento em 26 de dezembro. Obviamente todos ficaram completamente envolvidos por uma história inacreditável. O verdadeiro Louis Zamperini morreu no ano passado, aos 97 anos. Veja só o vídeo dele com Angelina, falando sobre sua própria história. Simplesmente incrível!
Eduardo Pepe
19 de janeiro de 2015 às 6:11 am
O que pareceu é que Angelina seguiu muito a fórmula de como virar uma diretora de prestigio, querida e principalmente premiada pela academia. So que com isso ela acabou fazendo um filme que beira ao sem alma de tão preocupado em ser “filme de Oscar”. Ele tem uma produção caprichada, bons atores, uma bela história e alguns momentos marcantes. Mas faltou mais emoção e pulso no roteiro e direção. O que n quer dizer que não seja um bom filme. Os americanos gostam pq é super americano e tem uma bela história real – e ainda tem Jolie capitaneando tudo. Mas eu achei mt moderna da academia em nao dar bola para ele e confirmar que estamos na era dos “indies”. Birdman, Boyhood, Hotel Budapeste, Selma, Foxcatcher etc esses sim são filmes mt bons e de níveis para serem lembrados pela academia. Mas acho que o filme que mais tirou votos do da Angelina foi Sniper Americano, tbm his real, tbm de guerra, tbm com produção caprichada. E estar fazendo ainda mais sucesso nos usa!