Nunca li os livros de R. L. Stine, Goosebumps. Mas eles são best-sellers em todo o mundo e já haviam sido fonte para uma série de TV do mesmo nome, que durou quatro temporadas e foi exibida no Brasil pelo FoxKids. Agora, depois de várias tentativas de levar a história para a tela grande (Tim Burton esteve ligado por um tempo ao projeto), o filme chegou numa superprodução, cheia de efeitos especiais, aos cinemas. Dirigida por Rob Letterman (As Viagens de Gulliver), a aventura traz Jack Black no papel do autor. O ator inclusive está aqui no Brasil até hoje (21) para a divulgação
Depois de se mudar para uma cidade pequena, o adolescente Zach Cooper (Dylan Minnette) enxerga o lado bom de sua situação quando encontra a bela Hannah (Odeya Rush) morando na casa ao lado e rapidamente faz amizade com Champ (Ryan Lee). Mas logo descobre que o misterioso pai de Hannah é, na verdade, R.L. Stine (Jack Black), o autor da série de livros best-seller, Goosebumps, que tem todo o jeito de vilão. Na verdade, Stine guarda um perigoso segredo: as criaturas tornadas famosas por suas histórias são reais, e ele protege seus leitores mantendo-as trancadas em seus livros. Quando as criações de Stine são acidentalmente libertadas, Zach começa a viver uma louca noite de aventura. E o grupo formado por ele, Hannah, Champ e Stine deverá trabalhar junto para acabar com todos esses terríveis personagens – incluindo Slappy o boneco, a garota com a máscara assombrada, os gnomos e muitos outros.
O filme é divertido. Tem aquele misto de terror fácil, que não vai assustar muito, com muita ação. Me lembrou um pouco Jumanji (lembra?), com bons efeitos especiais, especialmente o lobisomem. E, é claro, tem Jack Black, que além de fazer o papel de Stine também providencia a voz para o boneco Slappy e para o menino invisível. Ele atendeu a imprensa essa semana para falar sobre o filme e também, é claro, sobre sua carreira.
Simpático e divertido, ele já começou fazendo suas famosas caras e bocas, para a sessão de fotos. Depois começou a falar sobre o personagem, que começa parecendo um vilão, mas que depois se revela “somente um cara sensível”. Um veterano ao trabalhar com crianças e adolescentes, desde a época de um de seus papéis mais marcantes (e um de meus preferidos), Escola do Rock, Jack disse que “você se diverte mais no set com o público mais jovem”. Brincou várias vezes falando sobre o fato de que como o filme ultrapassou a expectativas em seus números de bilheteria nos Estados Unidos. “Você sempre espera que seu filme fará um grande sucesso, e que você será convidado para fazer a sequência. Mas nesse caso, não sei como irão fazer, já que usamos todos os monstros já no primeiro filme. Quem sabe R.L.Stine versus J.K.Rowling. Humm, pensando bem não deveria ter dito isso, pois me parece uma boa ideia”…
Outra boa ideia dele envolveu a participação de R.L. Stine no filme. O autor de todas as histórias aparece no filme numa cena rápida, por isso, preste atenção. No corredor da escola, Zack e Stine passam por um homem que cumprimenta “Olá Sr. Stine” ao que Jack responde, “Olá , Sr. Black”. Quando perguntei a Jack se essa era uma cena que já constava no roteiro ou se foi incluída na hora, Jack assumiu que isso foi adicionado para que Stine pudesse participar do filme de uma maneira a la Hitchcock. “Mas a ideia de chamá-lo de Sr. Black foi minha”. E, é claro ficou muito mais divertido…