Vamos ser sinceros, né? Ninguém vai assistir um filme de Jason Statham buscando arte, ou cinema de arte. A ideia é “tiro, porrada e bomba” – e Jason fazendo aquele mesmo papel de sempre. Portanto, criticar ou não, é irrelevante. Que gosta, vai amar. Quem não gosta, vai odiar. Não é diferente com Resgate Implacável, que estreou hoje nos cinemas. A história é semelhante a tantas outras que você já viu Jason fazer antes. Mas o público dele não se importa né?
Em Resgate Implacável, Levon Cade (Jason Statham) é um ex-agente de operações secretas que agora vive de forma simples e trabalha na construção civil. E é totalmente dedicado à sua filha. No entanto, sua nova vida sofre um abalo quando Jenny, a filha adolescente de seu chefe, desaparece misteriosamente. Relutante, Levon é forçado a resgatar as habilidades que o tornaram lendário no submundo das missões secretas. Ao investigar o desaparecimento da jovem universitária, ele se depara com uma conspiração criminosa sinistra, que se estende além do que ele imaginava. Em meio a uma teia de intrigas e violência, Levon precisa confrontar seu passado para proteger os inocentes. Isso enquanto lida com os riscos que essa missão traz para a nova vida que leva e sua própria filha.
O que achei?
O filme tem produção de Sylvester Stallone. O roteiro se baseia nos livros de Chuck Dixon, e é de Stallone e de David Ayer, que também dirige. Ayer já tinha dirigido Statham em Beekeeper: Rede de Vingança (outro Statham raiz, rsrs). É claro que os diálogos são um tanto ridículos (mas apelam para os sentimentos das pessoas). Os vilões russos são tão caricatos que parecem saídos de um desenho animado. Com isso, se você enxergar o filme como uma semi-comédia, pode até se divertir. Ainda há uma interessante participação de David Harbour, e da jovem Arianna Rivas ( que a princípio eu achei que era Isabela Merced).
O filme deixa, acredito propositalmente, várias pontas soltas – como a situação da guarda da filha, e a vingança do mafioso russo. Isso me parece meio caminho para uma nova franquia para os órfãos do estilo de filme de ação dos anos 80 (na tradição de Schwarzenegger e Stallone). Muita ação para não pensar. Afinal, há mais 11 livros sobre o personagem de Levon Cade. E Staham parece estar adorando fazer um personagem tão em sintonia com seus alter-egos cinematográficos.