O apelo de Keanu Reeves, depois de alguns anos meio por baixo, parece que continua o mesmo. Pelo menos é o que se pode tirar como conclusão após o sucesso internacional de De Volta ao Jogo, que estreia nos cinemas do Brasil este fim de semana. Só no mercado americano, o filme rendeu o dobro do seu custo. E o mercado internacional é ainda mais fiel à Keanu do que os Estados Unidos. Especialmente porque o filme tem ação o tempo inteiro e um certo humor que realmente me surpreendeu.
John Wick (Keanu) acabou de perder a mulher (Bridget Moynaham) para uma doença. Está inconsolável. Até que chega uma encomenda. Antes de morrer, a mulher encomendou um cachorrinho que é uma das coisas mais fofas que vi recentemente nos cinemas. Deixou um bilhete dizendo que ele precisaria de algo para amar. E é claro que ele (e o público) ficam completamente apaixonados por Daisy. Mas um belo dia aparece um cara que vai se meter com John, sem saber quem ele é. Para se vingar, John resolve voltar à sua antiga vida de assassino profissional para acabar de vez com o filho de um chefão da máfia russa ( e com qualquer pessoa que fique na sua frente).
No início, parece um daqueles filmes dos anos 80, que a série Mercenários andou revivendo com três aventuras. A diferença é que Keanu tem um papel sob medida em John Wick. Fala pouco e com uma certa ironia (adorei os diálogos), lança olhares e enche todo mundo de porradas e tiros. Aliás, o ator disse que fez 90% de todas as suas cenas de ação. Inclusive a longa (mas muito boa) cena da boate. Ele disse que a memorizou totalmente no mesmo dia em que foi rodada.
No final, De Volta ao Jogo traz um filme de ação que entretém e diverte. Tem um bom elenco – o sueco Michael Nyqvitz, Alfie Allen (de Game of Thrones), Willem Dafoe e Adrienne Palicki, de G.I.Joe: A Retaliação. E deixa Keanu brilhar no seu estilo. Aliás, dá até para pensar numa sequência.
Eliane Munhoz