Um aviso se você pretende assistir a John Wick: Um Novo dia para Matar, que estreia amanhã nos cinemas. O filme tem muita violência, muito tiro, muito sangue todo o tempo. Então se essa não for a sua praia, esqueça. Se você não tiver problema com isso, já se prepare para ver um filme de ação dos bons. Divertido, com um monte de referências, e Keanu em outro personagem que vai passar para a história.
Eu já tinha gostado demais de De Volta ao Jogo, sobre um ex-pistoleiro que se aposentou ao conhecer sua esposa. Mas ela morreu de câncer, não sem antes arranjar que ele recebesse uma cachorrinha linda chamada Daisy para lhe fazer companhia. Só que entra na história um membro da máfia russa, que rouba seu carro preferido e ainda mata a Daisy (isso não é spoiler, está em qualquer trailer). Ele resolve então sair da aposentadoria para acabar com todo o mundo. O diferencial de De Volta ao Jogo é que além de lutas muito bem coreografadas, o filme ainda tinha um senso de humor todo próprio, uma ironia de quem não se leva muito a sério, inclusive na forma de apresentar uma sociedade de assassinos, com seu código muito próprio (ele está disponível na Netflix e vale conhecer)
Depois do sucesso inesperado do primeiro filme veio a ideia de transformar tudo numa trilogia. Agora no segundo, John vai terminar a guerra do primeiro filme e “reaver” o seu carro. Mas há um problema maior. Um compromisso de sangue feito com um mafioso italiano que vem cobrar a dívida, pedindo que ele mate sua irmã. Quando John inicialmente se nega, o homem (feito por Ricardo Scamarcio, que já esteve no Brasil para a Mostra de Cinema italiano) simplesmente explode sua casa. Aconselhado a fazer o trabalho, John vai para a Itália, mas depois resolver o problema, torna-se alvo não só dos mafiosos locais, mas também de seu contratante, visando uma queima de arquivo.
A ironia não é tão presente, e o humor está um pouco mais sério. Talvez por isso eu ainda prefira De Volta ao Jogo. Mas esse já em seu fim de semana de estreia arrecadou mais que o dobro do primeiro nos Estados Unidos. Mas tem algumas coisas muito legais. John Wick arrumou um novo cão, fofo e sem nome. Ele vai para a Itália, o que é sempre um prazer, e lá encontra Franco Nero, como o dono de hotel-santuário local. E de volta à Nova York, o filme nos proporciona o reencontro de Keanu com Laurence Fishburne, seu parceiro nos três filmes de Matrix. Preste atenção nos diálogos, “tudo está interligado”. Rs. O filme ainda tem participações pequenas de John Leguizamo, o melhor amigo, e Thomas Sadoski, o policial compreensivo. Mas Lance Reddick e Ian McShane voltam com força total como o dono e o funcionário do hotel dos assassinos. E, é claro, Keanu continua sendo Keanu, e é isso que a gente espera dele (além de estar em ótima forma)
Entre de cabeça e curta esse “prazer com culpa”. Só não esqueça de não ficar tenso demais na longas e divertidas cenas de luta. Rs.
Graciete silva
15 de fevereiro de 2017 às 2:13 pm
Como a Dayse é linda, adoro esse filme e vou ver o segundo é claro.