Já faz tempo que a gente começou a ouvir falar de De Volta à Itália. Aqui mesmo, eu já tinha feito uma matéria sobre o assunto – veja aqui. Tudo porque o filme reúne pela primeira vez num mesmo filme Liam Neeson e seu filho Micheal Richardson. Depois de uma boa espera, De Volta à Itália vai estrear nessa quinta (28) nos cinemas. E tem seus prós e contras.
Primeiro, vamos falar da história. Jack (Micheal Richardson) é um jovem recém-separado, e que quer comprar a galeria de sua ex-mulher. O problema é que ele não tem dinheiro. A alternativa é vender uma casa que a família tem na Itália, num lindo ponto da Toscana – Itália. Só que desde a morte da mãe, ele e o pai (Liam Neeson) estão afastados, e nesse momento tem que se reconectar para vender a casa. Os dois rumam então para o local. Chegando lá, tudo começa a dar errado quanto tentam começar uma reforma. A relação entre os dois fica ainda mais abalada. Enquanto isso, o rapaz se apaixona por uma jovem chef (Valeria Bilello), cujo ex-marido tem fama de violento.
O que achei de De Volta à Itália?
É impossível não fazer comparações com a vida real. Afinal, a esposa de Liam, e mãe de Micheal, a atriz Natacha Richardson também morreu de um acidente. Na vida real foi de esqui, e no filme, de carro. Com esse paralelo que todo mundo conhece, o filme tem uma certa tristeza inerente. Mesmo com a tentativa de fazer um pouco de romance, e até um rabicho de comédia. Entretanto, o filme tem altos e baixos, e só não se perde totalmente por duas razões claras. A linda fotografia, que mostra o charme de uma pequena cidade italiana, ao som de músicas deliciosas. As filmagens aconteceram em Montalcino. Mas o filme nãos e perde mesmo principalmente por Liam Neeson. Ele segura as pontas e funciona na parte divertida e dramática.
Infelizmente, Micheal não tem o mesmo talento e empatia do pai. É bonitinho, e em alguns momentos até funciona. Mas, no geral, parece meio perdido, como se não se soltasse totalmente, e deixasse o personagem tomar conta. Talvez seja um problema da direção. É a estreia do ator James D’Arcy (The Hot Zone, Homeland) por trás das câmeras. O roteiro também é dele. No final, pode não ser um grande filme, mas proporciona alguns bons momentos. Mesmo com o final mais do que previsível, rsrs. Com Liam Neeson, e a Toscana como pano de fundo, está tudo certo!