Linda e poderosa, Charlize Theron chega aos 40

Ela é incrível! Uma mulher independente, boa atriz e premiada, linda mesmo careca, Charlize Theron chegou hoje (7) aos 40 anos, dispensando o namorado chato e adotando um segundo filho, dessa vez uma menina chamada August (o outro é um menino, Jackson). Quem diria que aquela extra de Colheita Maldita III (1995), seria hoje uma das estrelas mais poderosas da indústria do cinema? Para se ter uma ideia, já estão programadas duas sequências de seus filmes que foram enormes sucessos. Em 2016 vai estrear O Caçador, que vai se passar antes de tudo o que aconteceu em Branca de Neve e o Caçador. Charlize volta a atuar como a rainha Ravenna. E já foi anunciado mais um filme de Mad Max, que a trará mais uma vez como a inesquecível Furiosa.

A vida de Charlize daria um filme. Nascida na África do Sul, foi criada em uma fazenda perto de Joanesburgo. Começou a estudar balé ainda menina, chegando inclusive a viajar pela Europa fazendo apresentações,só que um problema no joelho a fez desistir. Mas o maior drama da vida da atriz aconteceu quando ela tinha 15 anos e a mãe atirou no pai, matando-o em legítima defesa. Charlize sempre a defendeu e já declarou várias vezes que a mãe é a pessoa que ela mais admira. Foi a mãe também quem comprou uma passagem só de ida para os Estados Unidos onde ela fez alguns trabalhos como modelo.

Diz a lenda que Charlize foi efetivamente descoberta por um agente quando este a viu batendo boca com um caixa de banco que não queria deixar que ela sacasse dinheiro enviado pela mãe. Uma daquelas histórias de cinema! Eu me lembro bem a primeira vez que  efetivamente a “enxerguei” na tela. Foi como a esposa de Keanu Reeves em Advogado do Diabo (1997). Além de linda, tinha uma presença muito marcante.

Depois assisti vários de seus filmes: Poderoso Joe (1998), Enigma do Espaço (1999),  ao lado de Johnny Depp, Regras da Vida (1999), Doce Novembro (2001), de novo com Keanu e o ótimo suspense Encurralada (2002),que fez ao lado de seu namorado na época, Stuart Townsend. Em todos, ela estava ótima, e os tipos diferentes de filme demonstravam sua versatilidade como atriz. Mas nada havia me preparado para a experiência de vê-la em Monster: Desejo Assassino (2003). Para encarnar a psicopata real, Aileen Wuornos, Charlize engordou 15 quilos. Após a recusa da escolhida original, Kate Winslet, a diretora Patty Jenkins diz que escolheu Charlize por causa de uma cena de Advogado do Diabo. Ela disse que quando uma atriz permite um close de seu nariz escorrendo, como ela fez, com certeza estará aberta o suficiente para enfrentar um papel tão desafiador como o de Wuornos

E assim foi. Naquele ano, Charlize ganhou todos os principais prêmios, inclusive o Oscar, o Globo de Ouro, o SAG´s e o Urso de Prata do Festival de Berlim, entre outros. Dois anos depois, ela teve uma nova indicação ao Oscar , desta vez por  Terra Fria (2005), um filme forte sobre o abuso sofrido por uma trabalhadora de uma mina. Infelizmente, também é deste ano um de seus piores trabalhos,  a ficção-científica Aeon Flux.

Ela voltou a estrelar uma super-produção em 2008, com Hancock, ao lado de Will Smith. Mas como atriz, o destaque ficou com Jovens Adultos (2011), para mim, sua melhor interpretação, junto com Monster. Ela acabou indicada somente para o Globo de Ouro.

Seguiram-se então duas super-produções, o decepcionante Prometheus (mas não por causa de Charlize e nem de Michael Fassbender, as melhores coisas do filme)  e Branca de Neve e o Caçador. Neste, seu personagem, a rainha Ravenna, é ao mesmo tempo terrível e digna de pena. Um triunfo para a atriz!

Neste ano de 2015, ela teve dois grandes momentos. Além da Furiosa (que na minha opinião apaga Tom Hardy nas cenas em que aparecem juntos) de Mad Max, ela teve outro ótimo momento no pouco visto Lugares Escuros, baseado em livro de Gillian Flynn, a mesma de Garota Exemplar.

Há alguns dias foi noticiado que ela teve de voltar aos sets de The Last Face, dirigida pelo ex-namorado Sean Penn. Um momento saia justa. Mas Charlize é poderosa e vai em frente. “Nós todos entendemos situações onde ou você nada ou você se afoga. Algumas vezes, nós nos surpreendemos quando começamos a nadar e vemos como podemos ser bons nisso!”

E ela é ótima!