Há algum tempo, vi uma pesquisa dizendo que Mad Max era um dos três filmes mais aguardados do verão americano. Confesso que fiquei surpresa, já que a trilogia famosa, que transformou Mel Gibson em astro, já tem 30 anos. O trailer era ótimo e com certeza isso ajudou na expectativa. Bem, agora amanhã (14), o novo Mad Max: Estrada da Fúria, dirigido pelo mesmo George Miller, que lá em 1979 fez um filme de baixo orçamento de grande sucesso, vai estrear nos cinemas simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos. E devo dizer que é uma surpresa!
É bem difícil falar sobre o filme, que mostra o personagem vários anos depois do que aconteceu na primeira trilogia, ainda assombrado pela morte de sua família. Num mundo pós-apocalíptico, cheio de fome e com pessoas enlouquecidas, Max é aprisionado pelo vilão Immortan Joe. Só que quando Furiosa (Charlize Theron) foge com uma carga muito preciosa, ele acaba envolvido numa perseguição violenta, que vai transformar os dois em parceiros improváveis em busca de um objetivo comum.
Eu assisti ao filme em IMAX 3D e recomendo a experiência. Só que esteja preparado. Você vai sair tonto do cinema com as duas horas de cenas de ação seguidas com uma trilha sonora brilhante, mas que, ao mesmo tempo, chega a incomodar. Ou seja, o filme é bom e tem uma fotografia fantástica. Esqueça os cinzas das imagens de filmes do gênero e aproveite os amarelos, laranjas e azuis vibrantes das locações do deserto da Namíbia. Aos 70 anos, George Miller mostra vitalidade e coragem pouco vistas na direção.
Segundo ele, poucos efeitos visuais foram feitos por computador. A maioria foi com o uso de dublês, maquiagem e cenografia. Miller também diz que mesmo antes do roteiro ficar pronto ele já tinha toda a história desenhada (storyboard). Isso faz sentido pois os diálogos são poucos.
Entre os atores, Nicholas Hoult como sempre é ótimo. Ele conquista todo o mundo como o guerreiro enlouquecido que só quer ir para o paraíso, providenciado um pouco de humor à história. Riley Keough, ninguém menos do que a neta de Elvis, também marca presença como a ruiva Capable. Tom Hardy está bem no papel de Max. Seu grande problema foi estar ao lado de Charlize Theron, maravilhosa e inspiradíssima como Furiosa. Ela praticamente o “apaga” nas cenas só com sua presença. O filme deveria ter se chamado Mad Furiosa. Aliás, queria muito ver um filme só dela!
O certo é que Mad Max:Estrada da Fúria deverá ser um sucesso estrondoso de bilheteria em todo o mundo especialmente junto aos homens. O próprio Tom Hardy já anunciou que iria assinar contrato por mais três filmes como o personagem. Haja fôlego!