Em 2017, o diretor chileno Sebastian Lello lançou um belo filme sobre duas mulheres em Desobediência, com Rachel McAdams e Rachel Weiz. Naquele ano, ele também ganhou o Oscar de filme estrangeiro com o filme chileno Uma Mulher Fantástica, sobre o dia a dia de uma mulher trans. Mas, antes disso tudo, em 2013, ele já havia ganhado um prêmio especial no Festival de Berlim, com Gloria, estrelado por Paulina Garcia, que também ganhou o prêmio de melhor atriz. O filme contava a história de Gloria, uma mulher de espírito livre com seus 50 anos, que inicia um romance com um homem que conheceu em uma balada. Agora, o mesmo Sebastian Lello refez o filme em Hollywood, com o título de Gloria Bell, que estreia essa semana nos cinemas.
A história
A sempre incrível Julianne Moore é a nova Gloria, uma mulher sozinha com 50 anos. Ela ocupa suas noites dançando ao som de música disco em boates em Los Angeles. Sua frágil felicidade muda no dia em que conhece Arnold (John Turturro). A intensa paixão alterna momentos de felicidade e desespero. Isso enquanto ela se divide entre o trabalho e o cuidado com os filhos adultos.
O elenco
O filme segue a história de Gloria, usando a trilha sonora da época da discoteca para acentuar os diversos momentos pelos quais ela passa. É uma delícia! Também tem um monte de participações especiais em pequenos papéis. John Cena, como o filho, Brad Garrett (Seinfield) como o ex-marido, Jeanne Tripplehorn, como a nova mulher dele. Isso sem contar Rita Wilson como a amiga, e Holland Taylor, como a mãe. E, em papéis ainda menores, Barbara Sukowa como uma amiga do trabalho, e Sean Astin, como o desconhecido de Las Vegas. Todos esses personagens deixam um gostinho de quero mais, de saber mais sobre eles. E mesmo a história de Arnold, o namorado, deixa muita coisa no ar. Tinha história até para uma minissérie aí.
E Julianne Moore…
É interessante ver certos filmes do ano passado somente agora. Perceber que atuações como essa de Julianne, ou a de Julia Roberts em O Retorno de Ben (crítica aqui),mereciam ter tido mais destaque na temporada de premiações. Especialmente no lugar de Yalitza Aparício. Como já disse, Julianne é sempre ótima. E novamente aqui ela tem a difícil tarefa de ser uma mulher comum, solitária, com um óculos horroroso. Mesmo sendo essa mulher charmosa que a gente conhece. Só ela já vale o ingresso.
Fotos de divulgação.