Isso é o que eu chamo de um bom “timing”! Na semana de estreia de Perdido em Marte nos cinemas nos Estados Unidos e no Brasil, foi divulgada a notícia que acharam água no planeta vermelho. É o sonho de todo o departamento de marketing, rs! De qualquer maneira, o filme realmente vale a pena. Não se assusta com seus 141 minutos. Com poucos momentos de “barriga” , a história tem um ritmo que funciona. Isso não é surpresa já que o diretor é o mestre de ficção-científica, simplesmente o homem por trás de Alien-o oitavo passageiro e Blade Runner – Caçador de Andróides.
As coisas começam mais ou menos na mesma linha de outro grande sucesso do gênero, Gravidade. Enquanto trabalham coletando amostras em Marte, astronautas são atingidos por um desastre. Aqui no caso, uma tempestade. Quando um deles se perde dos demais, que não conseguem mais visualizar seus sinais vitais, ele é dado como morto e os outros( entre eles Jessica Chastain e Kate Mara) vão embora. Só que Mark Watney (Matt Damon) não morreu. A partir daí, o público acompanha a trajetória de Mark para sobreviver, com poucas chances a longo prazo. Os diferenciais aqui (e pontos positivos) incluem não só o humor do personagem (provavelmente o melhor momento da carreira de Matt Damon), como também os esforços e tentativas daqueles que ficaram na Terra para recuperá-lo. Jeff Daniels, Chiwetel Ejiofor e Sean Bean (preste atenção na piada com O Senhor dos Anéis) envolvem a audiência de maneira bem eficiente.
E o que achei?
Um porém é a forma como é mostrado o envolvimento dos chineses, aqui bonzinhos, amigos e especialistas em tecnologia. É para rir a forma descarada para atingir o objetivo do filme de conquistar espaço no enorme (e extremamente lucrativo) mercado chinês de cinema. Já os diálogos técnicos sobre física e engenharia, que não fazem sentido para maioria das pessoas, são mencionados aqui e ali, como em Interestelar. Mas mesmo assim, logo em seguida vem um momento divertido, ou uma piscadinha da Damon, que você acaba nem se incomodando.
Ou seja, Perdido em Marte traz boas notícias. Afinal, é uma ficção digna de Ridley Scott.