A correria do período pré-Natal me fez fazer essa homenagem à Jane Fonda mais tarde do que gostaria. Mas seria impossível não falar dessa incrível estrela, que completou 80 anos hoje. Jane é parte da realeza de Hollywood, filha do grande Henry Fonda, irmão do astro de Sem Destino, Peter Fonda, ela começou a carreira como a menina da casa ao lado, passou para símbolo sexual, depois tornou-se militante política, em seguida, musa fitness. Mas, além de tudo isso, sempre foi uma grande atriz, vencedora de dois Oscars e outros tantos prêmios, que continua até hoje a se manter relevante com suas atuações. Ela foi novamente indicada ao SAG Awards este ano pela sua interpretação na série Grace and Frankie, cuja quarta temporada estreia mês que vem na Netflix. Com tudo isso, me pareceu melhor simplesmente citar aqui meus cinco momentos preferidos de Jane no cinema. Não são nem os melhores, nem os mais famosos, somente aqueles que para mim são inesquecíveis papéis dessa grande estrela, que eu adoro.
Síndrome da China (1979)
Feito um ano depois de Jane ganhar o seu segundo Oscar, esse filme lhe deu uma nova indicação. Ela faz uma jornalista que está presente em um quase desastre atômico em uma usina nos Estados Unidos. Como houve um verdadeiro acidente similar doze dias após o lançamento do filme, em Three Mile Island, o filme acabou ganhando uma grande visibilidade. O elenco tinha ainda Jack Lemmon e Michael Douglas, também produtor.
Amargo Regresso (1978)
Esse deu o segundo Oscar para Jane, um drama de guerra, com Jon Voight, também premiado. Ela faz uma mulher cujo marido (Bruce Dern) está lutando no Vietnã, mas ela acaba se apaixonando por um veterano que ficou paralisado também na guerra. Jane também ganhou o Globo de Ouro.
Caçada Humana (1966)
Depois do sucesso de Cat Ballou, Jane estrelou esse poderoso drama, como a mulher de um fugitivo da justiça, vivido por Robert Redford (com quem Jane fez vários filmes). Só que sua fuga afeta as vidas de várias pessoas de uma pequena cidade. O filme ainda tinha Marlon Brando, Angie Dickinson e Robert Duvall.
Num Lago Dourado (1981)
Jane comprou os direitos para o cinema dessa peça com objetivo de estrelá-lo ao lado de seu pai, Henry Fonda, com quem sempre teve uma relação difícil. E no filme eles fazem pai e filha que tem uma relação difícil. Henry ganhou o Oscar de melhor ator e Jane foi indicada como coadjuvante. Ela perdeu para Maureen Stapleton, em Reds.
A Manhã Seguinte (1986)
Jane foi indicada ao Oscar de melhor atriz por esse ótimo suspense dirigido por Sidney Lumet. Incrivelmente, ela perdeu para Marlee Matlin, num desses absurdos que o Oscar comete de vez em quando. Isso porque Jane está simplesmente fantástica como uma atriz alcoólatra, que tem alguns blackouts, e numa bela manhã, acorda ao lado de um homem assassinado. Será que foi ela quem fez aquilo? O elenco tem ainda Jeff Bridges e Raul Julia.