A categoria de melhor atriz este ano tem duas grandes favoritas, Glenn Close (a minha preferida) e Olivia Colman. Mas, não se deve deixar de elogiar a atuação de Melissa McCarthy em Poderia me Perdoar, que também concorre na categoria. Ela não irá ganhar, mas tanto a indicação como o filme fizeram muito bem à atriz. Isso porque Melissa criou para si uma linha de personagens de comédia, que se repetem incansavelmente. Assim como em Um Santo Vizinho (que eu adoro), aqui ela cria algo novo. E consegue mostrar a boa atriz que é sem se repetir. Poderia me Perdoar? estreia essa semana nos cinemas, e é o último filme com indicações ao Oscar nas principais categorias a estrear.
Ele é baseado em uma história real. Como está passando por problemas financeiros, a jornalista Lee Israel decide forjar e vender cartas de personalidades já falecidas. A princípio, o negócio criminoso dá muito certo, sendo bem lucrativo. Só que quando as primeiras suspeitas começam, ela tem que modificar o esquema, passando inclusive a roubar os textos originais de arquivos e bibliotecas.
Analisando o filme…
A história é realmente incrível, ainda mais por tratar de acontecimentos reais. O filme dá a entender que tudo foi acidental a princípio. Afinal, é baseado em livro autobiográfico da própria Lee Israel. É interessante saber que sua própria história de roubo e enganação viria a se tornar seu livro mais famoso. Mas o mais emocionante de tudo é a amizade entre Lee e Jack Hock (vivido pelo também indicado ao Oscar, Richard E. Grant). Uma amizade nascida mais da necessidade de conforto (os dois são solitários) do que por qualquer outra razão. E nisso há momentos divertidos (que propiciam mais um riso nervoso do que uma risada), e outros, altamente dramáticos.
E nisso, o filme tem a vantagem de encontrar dois atores em momentos brilhantes. Richard E. Grant, que já vi em vários papeis altamente exagerados, aqui tem seu melhor momento no cinema como Jack. Pouco se sabe sobre ele, mesmo ao final do filme. Mas, Richard consegue passar toda a angústia, e a maneira de “se virar”. É um destaque. Já Melissa, em papel que originariamente era de Julianne Moore (que deixou o projeto por diferenças artísticas), tem também um grande momento, totalmente despida de glamour. A indicação já é um grande prêmio. Especialmente depois de Crimes em Happytime e A Alma da Festa…
Fotos de divulgação