Russell Crowe é um grande ator. Tem dois Oscars para comprovar (Gladiador e Uma Mente Brilhante). Mas, nos últimos tempos tem se envolvido em projetos… “meio duvidosos”. A sensação é que ele fez somente pra ganhar um dinheirinho, rsrs. É o caso de O Exorcista do Papa, que estreia nessa quinta nos cinemas.
O filme se baseia na história real do principal exorcista do Vaticano, o padre Gabrielle Amorth. Segundo se sabe, o padre realizou mais de 100.000 exorcismos em sua vida e faleceu em 2016 aos 91 anos. Amorth escreveu duas memórias – An Exorcist Tells His Story e An Exorcist: More Stories. Nelas, ele detalhou suas experiências lutando contra Satanás e demônios que possuíram as pessoas com seu mal. Em O Exorcista do Papa, Amorth (Russell Crowe) investiga a terrível possessão de um menino. E acaba descobrindo uma conspiração secular que o Vaticano tentou desesperadamente proteger e manter no esquecimento.
O que achei?
O filme até começa bem. Há a politicagem dos bastidores, e também o reconhecimento que alguns casos não são possessões, e sim problemas psicológicos das pessoas. Russell também imprime um certo humor que funciona. Afinal, como diz o seu personagem, “o diabo não gosta de piadas”. O problema vem na segunda metade, quando o filme se perde totalmente. A gente já viu um monte de filmes que usa o clichê da criança possuída, que vira a cabeça , fica deformada, levita etc. Tudo uma cópia descarada de O Exorcista, claro. Aqui não é diferente.
O problema é que o que era uma sugestão assustadora no filme original, aqui é tudo muuuuitoooo explicado e mostrado. Ou seja, não assusta. A parte final, que se passa nas catacumbas, é de dar vergonha alheia. Entretanto, o design de produção é interessante, e tem a participação sempre bem-vinda de Franco Nero como o Papa. Outro que se esforça é Daniel Zovatto, de Penny Dreadful: Cidade dos Anjos. Obviamente, a ideia seria um começo de franquia , com novas aventuras do padre Gabrielle, mais ou menos, como os filmes de Invocação do mal, com o casal Warren. Só que a diferença é que os primeiros Invocação do mal assustam. E O Exorcista do Papa, não.